2. Se o vencedor for Paulo Rocha, cria-se um tabu! Rocha não tem “maioridade política” para assumir uma candidatura – ele e os sociais-democratas sabem-no –, e também não creio que o actual presidente da Câmara arranje coragem para se recandidatar com um partido dividido ao meio.
3. Há quem sustente que, na hora da verdade, o PSD une-se. De facto, assim tem sido, mas não creio que alguém possa, hoje, sarar a enorme ferida que a sucessão de Mário Alves abriu nas entranhas do partido. O “regressa que estás perdoado”, não deverá portanto estar em causa durante os próximos anos.
4. Perante estes factos, temos o segundo maior partido do concelho que pode ambicionar o poder. O que se está para ver é se, na verdade, o PS vai “tirar” esta Primavera para sair da hibernação em que mergulhou desde que o PSD saiu para a rua, embora a duas vozes.
5. Pequenos partidos: o CDS/PP está praticamente moribundo e, com o afastamento de muitos dos seus tradicionais eleitores, não sei se haverá ventilador que lhe dê vida até 2009. Quanto à CDU, a sua cotação eleitoral estará sempre dependente da forma como António Lopes se posicionar, já que o conhecido empresário é, hoje, a principal mais valia dos comunistas em Oliveira do Hospital.
6. Inquestionável mesmo, é o facto de o futuro político de Oliveira do Hospital estar, efectivamente, excessivamente dependente de umas eleições internas do PSD.
Henrique Barreto