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25 de Abril, Sempre! Fascismo nunca mais! Autor: Autor: João Dinis, Jano

No dia 25 de Abril, PSD e CDS/PP quebraram um dos usuais “tabus” e vieram a público anunciar aquilo que já antes se sabia ou seja, a continuidade – para as eleições legislativas de Outubro próximo – da “sua” coligação que, neste governo, nos tem infernizado a vida nos últimos quatro anos.

Para já, é uma “dróika”. Falta-lhes o terceiro partido da tróika, o PS. E, por falar nisso, cá estaremos para ver o que farão, em termos de programa e de alianças governamentais – PSD, PS e CDS/PP após as eleições caso não haja maioria absoluta de qualquer dos dois partidos – PS e PSD – que já dispuseram, sozinhos, de maiorias absolutas com as quais atiraram o País (outras vezes também com o partido-muleta CDS/PP) para o quase, quase desastre nacional em que nos encontramos hoje.

No dia 25 de Abril, o personagem que ocupa o lugar de Presidente da República discursou na Assembleia da República. Como é seu hábito ou não fala quando deve e como deve ou fala onde não deve dizer os abusos político-partidários que disse na Assembleia da República. Como alguém a seguir afirmou, a parte melhor é que o “Senhor Silva”, provavelmente, não voltará a falar enquanto Presidente da República nas comemorações do 25 de Abril…

Portanto, PSD e CDS/PP, ao anunciarem a repetição da “sua” coligação partidária no dia 25 de Abril – a data da Revolução dos Cravos e da Democracia – e ao dizer o que disse, nesse mesmo dia, o ocupante do cargo de Presidente da República, uns e outros “comemoraram”, mas foi, o 24 de Abril que mantêm na “alma”!…

“Acima de tudo Portugal” não será pura coincidência…

Já repararam? O “slogan” que aparece nos enormes cartazes que o PSD espalhou pelo País inteiro nesta época de pré-campanha eleitoral, diz “Acima de tudo Portugal”.

Ora, o principal “slogan” (nacionalista) que os nazis do Hitler utilizaram de todas as formas e feitios foi:- “Alemanha acima de tudo”, o tristemente célebre “Deutschland, Uber Alles”. Era originalmente uma estrofe do hino imperial alemão que os nazis enfatizaram e com a qual também manipularam as consciências e as emoções dos alemães.

Hoje, no nosso País, 41 anos após o 25 de Abril, o PSD vem recuperar esse “slogan” nazi. Para disfarçarem – que é impossível desconhecerem os factos – colocaram “Portugal” no final do “slogan” enquanto os nazis mantiveram “Alemanha” no início do seu “slogan” que é o original… Bem, pelo menos assim pode-se assinalar uma diferença entre uns e outros…

Mas, e já não nos bastasse aquilo que conhecemos da prática política e governativa do PSD e da sua inconfessa ideologia, é acrescidamente preocupante este tipo de “coincidências” entre o “slogan” nazi e este “slogan” da pré-campanha do PSD! Será que já preparam a “solução final” para a nossa Democracia?

Políticas perigosas são protagonizadas por gente perigosa…

Precisamos de conquistar, também nas urnas de voto, a ruptura com estas políticas e com os seus protagonistas.

25 de Abril, Sempre! Fascismo nunca mais!

Como é que um jovem de 16 anos, afinal, é tão velho?

Enfim, um jovem com 16 anos pode ser ingénuo ou inexperiente. Normalmente também será generoso quando as circunstâncias o “puxarem” nesse sentido.

Vem isto a propósito da intervenção que o representante do CDS/PP – um jovem com 16 anos – leu (repete-se, leu) na Sessão Solene do 25 de Abril que a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital realizou.

Nem sequer vamos sobrevalorizar as referências explícitas aos militares que estiveram envolvidos no 25 de Novembro de 1975 – o golpe político-militar contra-revolucionário programado do pela CIA (Carluci) e por vários políticos portugueses, nomeadamente por Mário Soares.

Mas acontece que ele não fez qualquer alusão aos militares do 25 de Abril, alguns dos quais o nosso Município até já homenageou… Neste aspecto, o jovem foi vítima ou da ignorância ou da má-fé de quem lhe escreveu a conversa que ele leu na ocasião. Seja como for, comemorava-se o 25 de Abril (e não o 25 de Novembro) …

Também não vamos enfatizar as referências à nacionalização da Banca pois o jovem não saberá, exactamente, a que “nacionalizações” se referia. Se às nacionalizações da Banca após o 11 de Março de 1975…se às “nacionalizações” das vigarices da Banca dos últimos anos – nos governos do PS e do PSD-CDS/PP – estas últimas que tanto nos têm custado…

Mas aquela parte final desse infeliz discurso, em que um jovem lê coisas ideologicamente “fossilizadas” contra o “aborto”, contra a tolerância social perante as opções sexuais, e até de vida, de cada um, essas velharias que ele leu, fazem pensar:- “Afinal, como pode ser tão velho um jovem de 16 anos?”… Ou “quem terá sido o “velho” ideologicamente mumificado que para aqui te mandou vir ler esta peça?!”

Santa paciência!

janoentrev2Autor: João Dinis, Jano

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