Home - Opinião - Alimentos  sim ! Armamentos  não!  Paz  sim ! Guerra  não  ! Autor: João Dinis, Jano

Alimentos  sim ! Armamentos  não!  Paz  sim ! Guerra  não  ! Autor: João Dinis, Jano

Eu muito gostaria de ter não sete mas setenta vezes sete, sete vezes, umas “Trombetas do Apocalipse” para, tonitruante, poder espalhar pelo Mundo (e arredores) as consignas supra !   E talvez que elas pudessem fazer descer sobre as cabeças de uns quantos “senhores e senhoras”, e entrar lá dentro assim tipo injecção, por forma a que eles e elas fossem possuídos por uma vontade incontrolável de promoção da Paz e do fim das guerras !

De facto, estão a empurrar-nos cada vez mais para um apocalipse o qual até ameaça ter o seu epicentro na região de Jerusalém.  É preciso impedir que tal aconteça !  Por isso e para isso, “só” a Paz faz sentido !  “Só” a Paz assegura a vida !

Também por cá, sucessivos governos e governantes, a começar por aqueles que juraram defender e aplicar a Constituição da República Portuguesa que prescreve como objectivo estratégico a “dissolução dos blocos políticos e militares” – como é a NATO – também eles continuam a dar prioridade à produção e comércio de armamentos para alimentar as guerras “dos outros” mas cujos “estilhaços” também nos podem atingir e ferir…

Neste preciso momento, o de novo “patrão” desta NATO, de seu nome Donald Trump, também presidente dos EUA, insiste na sua ordem em que cada país membro da NATO atribua, a curto prazo, um mínimo de 5% sobre o respectivo PIB, Produto Interno Bruto, (riqueza anual produzida) para, por aí, aumentar muito as despesas com as “guerras” da NATO.

De notar que, para Portugal, os 5% sobre o PIB, a valores actuais, significam uns 15 mil milhões de Euros por ano ou seja, o dobro do Orçamento Nacional para a Educação e mais de 80% do Orçamento Nacional, anual, para a Saúde !! Uma brutalidade que se pode classificar como “assassina” pois também se destina a pagar aos “traficantes da morte” – os detentores da indústria e do comércio de armamentos – cuja “utilidade” maior é provocar e alimentar as guerras com os seus cortejos de destruição, sofrimento e morte.

Neste contexto muito preocupante, o actual Primeiro-Ministro de Portugal já se chegou à frente (à nossa custa…) ao assegurar a maior vontade política em alcançar um mínimo de 2% do PIB nacional para a alegada “Defesa” – uns 5 mil milhões de Euros/ano – ainda antes de 2029, este o primeiro prazo que, para esse  mesmo efeito, já havia admitido há pouco tempo atrás. Aí temos nós o alto nível de desaconselhável subserviência que se atinge com estas opções militaristas e perigosas !  E também adiantam o objectivo de fazer aumentar a produção interna de armamentos e respectivas tecnologias…

Diga-se ainda que, há poucos dias, o “Conselho Europeu”, presidido por um “senhor” que usa cartão de cidadão português, também concluiu pelos mesmos objectivos…

Ora, NÃO tem que ser assim !  Aliás, muito convém que assim NÃO seja !

A produção nacional de Alimentos essa sim deve ser um objectivo estratégico prioritário !

Dados recentes do INE, Instituto Nacional de Estatística, dizem que Portugal e a sua População produzem apenas cerca de 20% daquilo que consomem em Cereais, sendo que no Trigo a situação é ainda pior.  Também necessitamos de importar muita Carne que, por exemplo, a produção nacional em Carne Bovina também depende, aliás em “perigoso” grau de dependência, das componentes importadas para rações.

No contexto, o défice anual – a diferença, negativa para o nosso País, entre o valor total das importações e o das exportações – em bens agroalimentares, esse défice nacional da chamada “balança comercial agro-alimentar”, já atinge mais de 5 mil milhões de Euros/ano, o que é verdadeiramente “suicida” !…

Acresce que os Silos onde se armazena os Cereais (e sementes) – que já foram públicos – são hoje de gestão e propriedade privadas, bem como a comercialização dos Cereais e das Sementes, o que ainda mais compromete a soberania e a seguranças nacionais em termos alimentares.

Ora, numa curva apertada da História, e este Mundo está prenhe dessas nefastas possibilidades, de repente poderemos ficar sem comida para nos alimentarmos como é preciso e nosso direito.  Então, não vamos comer armamentos que, como é óbvio, estes servem para matar e não para assegurar a vida…

Eis também porque muito mais importante que produzir e comercializar armamentos é produzir alimentos para assegurar a alimentação da População Portuguesa (e de outros países e regiões).  Eis a prioridade estratégica que é indispensável assegurar, aqui sim, em termos de verdadeira segurança nacional !

E por sobre todas estas conjecturas, enquadra-se uma outra muito simples, muito valiosa e eminentemente humanitária:- os pais não geram e criam os seus filhos para estes serem mortos ou estropiados em guerras, e seja lá o local onde estas ocorram !

Por tudo isso, SIM à Paz !  Guerra NÃO !

Fevereiro de 2025

 

 

João Dinis, Jano

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