Home - Opinião - Alto lá , Sr. Presidente da Câmara!

Alto lá , Sr. Presidente da Câmara!

Alto lá , Sr. Presidente da Câmara!

Mantenha-se calmo que a calma e o bom senso são os melhores conselheiros também nesta situação!

Decretar o “estado de calamidade” não pode ser feito em abstracto, na presunção de que isto ou aquilo pode acontecer…mais assim ou mais assado…  Na situação actual, há o estado de precaução, de preparação para…o que não é a mesma coisa.

E  vai decretar “calamidade” durante 15 dias ? Por um mês ? Enquanto durar a epidemia ? Enquanto  o surto  epidémico estiver próximo ao seu “pico” ?  Ou seja, “calamidade”  e suas duras restrições, por exemplo, a direitos e a liberdades fundamentais, não dão para especular em ambiente de estados de alma. O resto é demagogia e da “infectante” que nem sequer é fácil de ser combatida “profilaticamente” que nos atiram para cima com o peso inibidor, ainda que especulante, da “saúde pública”…

E, já agora, a Câmara está a “negociar “em parceria com a Fundação (Aurélio Amaro Diniz)”  a compra, ao que parece, na China, de 5 ventiladores e 20 monitores e  500 testes para o Coronavírus.

Mas então, explique isto também Sr. Presidente da Câmara Municipal :

— Mas que faz com o Centro de Saúde de Oliveira do Hospital – integrado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) ?  É que em primeiro lugar ao Ministério da Saúde e a este governo (PS) compete dar luta ao vírus.  As Entidades privadas – como a Fundação – são complementares ao SNS e não nucleares, aliás como prescreve a Constituição da República.  E que “estudo prévio” levou a Câmara a decidir comprar as quantidades de equipamentos e de testes de que fala ? É a “olhómetro” ?…

— Os dinheiros da Câmara são públicos e não exactamente “sacos” mais ou menos “azuis ou côr-de-rosa” de Entidades privadas como ó é a Fundação – e sem desmerecer a Fundação que procurará apoios onde os sentir haver…

— Quanto prevê já a Câmara gastar nessas aquisições de equipamentos e testes ?  Por acaso, como e quando, a Câmara já reclamou ao Ministério da Saúde as verbas e os equipamentos que julga indispensáveis para “tratar da saúde” no Município ?

— E se saírem dinheiros públicos – da Câmara ou do Governo – para essas compras, a seguir, a que Entidade em concreto ficam os equipamentos a pertencer ? À Fundação ?…

Ou seja, nós, pelo menos daqueles que ainda pagamos impostos neste País, requeremos respostas esclarecedoras a estas questões . Em primeiro lugar, porque perguntar não ofende. Depois, porque falamos da hipótese de gastos de dinheiros públicos.

E, já agora, também afirmamos que não receamos surtos de demagogia na sua estirpe mais virulenta, aquela que começa por dramatizar e invocar os bons sentimentos das Pessoas, por exemplo: – “queremos evitar o drama e a tragédia com a doença do coronavírus no nosso Município” – afinal quem é que não quer ?! –  para logo introduzir a suspeição: – ” e há quem nos critique por isso !”… Ou seja, procedendo assim, pretenderá ser “deus”  e intocável, nestas situações, quando afinal até Deus pode ser criticado por deixar que tudo isto nos esteja a acontecer…

Sim, vamos sair disto mas com calma e bom senso !
Autor: João Dinis, Jano 

LEIA TAMBÉM

Doenças Cardiovasculares: Um desafio contínuo para a saúde em Portugal. Autor: Dr. João Brum Silveira

As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte em Portugal, representando um …

Capturar CO2: uma solução inovadora. Autor: Luís Monteiro

2024 foi o ano mais quente de sempre no nosso planeta e este recorde já …