A situação foi denunciada pelo director da ESTGOH durante a palestra promovida, anteontem, pela Associação de Estudantes daquele estabelecimento de ensino superior.
Referindo-se ao facto de a ESTGOH ter “uma franja de alunos deslocados muito grande”, Nuno Fortes classificou a situação da rede dos transportes públicos de Oliveira do Hospital como “problemática”, e deu o exemplo do aluno de Viseu que, apesar de estar apenas a cerca de 50 quilómetros de casa, é forçado a ter que apanhar um autocarro da Rede Expresso para Coimbra e, depois, um outro para a cidade de Viriato.
Em causa, está uma distância de aproximadamente 180 quilómetros e cerca de três horas de viagem. Isto, quando o aluno “apanha o Expresso” das 7h55, que é o único que assegura uma ligação imediata entre Coimbra e Viseu, com chegada às 10h50.
Escusado será dizer que quem queira vir de Viseu para a ESTGOH, tem também que ir a Coimbra e esperar pela ligação a Oliveira do Hospital.
Quem se queira deslocar pelos concelhos da região em transporte público, o martírio ainda é pior, simplesmente, porque quase não existem transportes que assegurem as ligações.
Mas este cenário, que se arrasta há vários anos e não tem merecido grandes atenções por parte do poder político local, chega a ser caricato.
Pois, um utente que se queira deslocar ao vizinho concelho de Seia através da Rede Expresso, só o pode fazer se adquirir um bilhete para o percurso Coimbra-Seia, uma vez que o argumento é que esta operadora só faz transportes de longo curso. O preço da viagem é de 10,00 e os bilhetes têm que ser adquiridos em Coimbra ou então online.
Para o leitor perceber como é que estamos em matéria de transportes públicos, faça a sua própria simulação de viagem aqui.