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Assembleia aprovou contas de 2012

 

Traduziu-se em cerca de 2, 1 milhões de euros a redução na receita registada pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital em 2012. Um decréscimo que afetou a capacidade de investimento e, por conseguinte de realização de obra da Câmara Municipal que primou por um exercício mais centrado na área social. A uma redução da receita, a autarquia fez acompanhar uma diminuição da dívida na ordem dos 400 mil Euros, terminando 2012 com uma dívida total na ordem dos 6,9 milhões de Euros.

“O município era exemplo de boa gestão e continua a ser”, afirmou o presidente da Câmara Municipal que, na última sexta-feira, não deixou de lamentar o facto de obras como a Central de camionagem, avenidas Carlos Campos e Virgílio Ferreira e estrada Lourosa-limite do concelho, não terem financiamento do QREN.

“A situação é positiva. Vem do passado, acontece no presente e esperamos que continue no futuro”, registou também o vereador Paulo Rocha que partilha a área financeira do município com José Carlos Alexandrino e que na última Assembleia destacou a necessidade de a autarquia ajustar de forma “gradual e faseada” os valores cobrados pelos serviços de água e saneamento, por forma a colmatar o défice até aqui verificado e que resulta da diferença, que é muito elevada, entre o que é cobrado ao município e o que a autarquia cobra aos munícipes.

Pese embora o equilíbrio das contas, os resultados de 2012 não deixaram de merecer reparos. Em causa está a redução de investimento municipal. “Não estou nada satisfeito”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca da Beira que, de viva voz, protestou contra a falta de investimento verificado na sua freguesia. “2012 foi o ano de menor investimento em Vila Franca”, insistiu.

“As contas não estão a negativo porque não houve investimento”, reagiu de igual modo o deputado do PSD, Rui Abrantes, notando que, afinal, a quebra de receitas foi de 2,1 milhões de Euros e não de três milhões como foi por várias vezes a anunciado pelo presidente da Câmara. “Há uma diferença de 900 mil Euros que dava para fazer muita coisa”, sustentou o social democrata que também criticou o executivo municipal de estar a adiar o aumento da água e saneamento “por causa das eleições”.

“Para mim, o ano de 2012 é de gestão quase perfeita. O país parou, mas este executivo fez obra por todo o concelho”, referiu por sua vez o socialista Rodrigues Gonçalves, logo apoiado pelo parceiro de bancada, Carlos Inácio que não hesitou em atribuir um “bom + ou excelente” à Câmara Municipal.

Em causa está um desempenho que “satisfaz” o presidente da Assembleia Municipal. “Se quisermos ser sérios e e justos, a Câmara manteve os princípios que vinham de trás. Era opositor do executivo anterior, mas não em tudo”, referiu António Lopes numa Assembleia onde, pela primeira vez contou com a presença do ex presidente da autarquia e atual vereador do PSD e que, no uso da palavra, que prontamente lhe foi concedido, disse ter tomado a opção correta enquanto foi presidente da Câmara.

“Quero dizer ao presidente da Assembleia Municipal que se tivesse feito a opção do endividamento, hoje este executivo estava manietado e não faria absolutamente nada”, registou Mário Alves, regozijando-se por “hoje, este executivo beneficiar dessa política, nomeadamente na execução de obra mais barata 30 ou 40 por cento, do que à época”.

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