A intenção de o município de Oliveira do Hospital deixar a empresa Águas do Zêzere e Côa, para transitar para a Águas do Mondego deverá dominar o debate da Assembleia Municipal, que reúne esta noite em sessão ordinária.
No ponto dois da ordem de trabalhos da AM, os deputados são convidados a analisar e discutir os preços praticados e a política de tratamento de águas da AZC.
Para além dos preços “incomportáveis” já denunciados pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, o debate deverá versar ainda sobre a intenção de mudança para a Águas do Mondego tornada pública recentemente.
Em causa está um contrato de concessão assinado em 2004 pelo então presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, Mário Alves e o Conselho de Administração da AZC.
Apesar de a maioria da população já dispor de água abastecida pela AZC, o município diz não ter condições para fazer face aos custos e estar a optar por outra estratégia.
Ainda que José Carlos Alexandrino já tenha assegurado que o contrato estabelecido em 2004 não foi um erro – “o concelho foi empurrado para esta solução”, referiu – o assunto deverá dominar as intervenções dos deputados.
Em cima da mesa da Assembleia Municipal vão estar ainda os pedidos de isenção de Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis.
Quanto à situação financeira do município, à data de 31 de Janeiro, os documentos dão conta de uma dívida total de 6.570.498,55 Euros. O grosso da dívida, 5.925.547,26 Euros, reporta-se aos empréstimos contraídos junto da Caixa Geral de Depósitos pelo anterior executivo. O endividamento a fornecedores e empreiteiros situa-se nos 174.234, 37 Euros.