País é pioneiro na Europa a deixar inscrever terceira opção no BI. Objetivo é retirar aos pais e médicos a pressão de decidirem entre “menino” e “menina” nos primeiros dias de vida quando o exame visual dos genitais externos e os próprios cromossomas e genes não são esclarecedores.
Determinar o sexo do bebé à nascença pode não ser uma questão assim tão simples e que mesmo com a ajuda da genética pode deixar dúvidas. A Alemanha decidiu, por isso, dar um passo pioneiro e torna-se a partir desta sexta-feira o primeiro país europeu onde será possível inscrever no BI de uma criança uma terceira opção: “sexo indefinido”.
O objetivo da nova lei é retirar aos pais a pressão de terem de decidir nos primeiros dias de vida entre “menino” ou “menina” quando o exame visual dos genitais externos (pénis, vulva e vagina) não são esclarecedores e os próprios cromossomas e genes podem levar a opções precipitadas que condicionam a vida da criança.
Os médicos deixam também de ter de fazer operações demasiado prematuras nos casos em que, por exemplo, as crianças nascem com os dois genitais e em que se escolhe remover um sem se perceber ainda em que sentido se vai desenvolver o bebé – o que gera mais tarde grandes problemas de identificação.
Por agora fica por esclarecer o impacto que a nova lei terá nos futuros casamentos e uniões de facto, visto que não estão ainda definidos prazos para decisões sobre eventuais passagens para os tradicionais sexos “feminino” e “masculino”.
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