“Diz-me o que fazes, dir-te-ei como envelhecerás!”
Será?
Li um estudo muito interessante sobre os benefícios psicológicos e fisiológicos do exercício físico no idoso, e considero de enorme relevância partilhar, de uma forma geral, as conclusões do mesmo, pois uma das maiores razões para a prática do exercício físico, nos dias de hoje, é o bem estar. O bem estar de hoje, ou o de amanhã?
É evidente que os comportamentos das sociedades de hoje terão repercussões nas sociedades de amanhã, e se as pessoas que fumam não pararem hoje, muito provavelmente vão ter doenças associadas ao consumo do mesmo.
O estudo, realizado no Brasil, contrasta as alterações psicológicas e fisiológicas ocorridas no corpo durante o processo de envelhecimento, com os efeitos psicológicos e fisiológicos do exercício físico regular.
Percebendo-se que as sociedades estão cada vez mais envelhecidas, não só pela falta de nados vivos, mas essencialmente pelo constante prolongar da vida humana, associada à tecnologia de ponta utilizada na área da medicina, e dos hábitos e estilos de vida saudável, onde a alimentação e o exercício físico lideram a lista dos mesmos, a qualidade de vida (saúde e bem estar) é a maior preocupação dos idosos. Nas últimas décadas, a expetativa de vida cresceu mais do que nos últimos cinco milénios (Bento, 2000) e segundo a ONU (organização das nações unidas), em 2050 os sexagenários vão ultrapassar os jovens de 15 anos e a população de 80 anos vai multiplicar-se por 6.
As grandes conclusões do estudo, que englobou 100 idosos, 91 mulheres e 9 homens são as seguintes:
– Controlo da Osteoporose;
– Melhoria da comunicação, aumento dos ciclos de amizade, passar a ser flexível em suas opiniões e aceitar críticas;
– Melhoria da alimentação;
– Melhoria da auto-estima;
– Redução do peso;
– Melhoria da relação familiar;
– Melhoria da hipertensão;
– Melhoria do sistema cardiorespiratório e cardiovascular;
– Diminuição da ansiedade;
– Diminuição do consumo de medicamentos;
– Aumento da força e melhoria do vigor físico;
– Redução das dores musculares, articulares e fadiga associada;
– Aumento da flexibilidade;
– Melhoria do raciocínio;
– Melhoria da resposta motora;
– Aumento da atenção;
– Melhoria da memória;
– Diminuição do mau colesterol.
São evidências claras do “medicamento” exercício físico, algo que nenhum chá, até hoje, conseguiu dar.
A si caro leitor, mude os seus hábitos e mexa-se.
Bons treinos.