Home - Opinião - Bilhete de Natal desde Vila Franca da Beira: “O Pinheiro” símbolo de Vila Franca da Beira Ressurgiu em fogo no “Cepo de Natal e Ano Novo”.   Salvé ! Autor: João Dinis, Jano

Bilhete de Natal desde Vila Franca da Beira: “O Pinheiro” símbolo de Vila Franca da Beira Ressurgiu em fogo no “Cepo de Natal e Ano Novo”.   Salvé ! Autor: João Dinis, Jano

Sim, jamais esqueceremos aquele nosso Pinheiro manso !  Ele, que durante várias décadas se ergueu alto, largo e verde em ramagens e copa, um “guardião avançado” de Vila Franca da Beira e “ex-libris” (símbolo) por mérito próprio.

Foi abatido em Junho deste ano de 2024, de forma precipitada e inglória enquanto vítima inocente, a pretexto de uma inverdade – disseram-nos que estava seco (?!) – pretexto que sobretudo correspondeu aos desejos inconfessos e espúrios da “eléctrica E-REDES”, a herdeira da “velha” EDP, por causa de uma linha eléctrica de média tensão que por sobre ele mandaram passar há anos…

Neste contexto, é evidente que quando a então EDP por lá fez passar, por cima da copa, a referida linha eléctrica, já O Pinheiro lá estava há bem mais de 100 anos ! Também por isso…

Agora, estamos até convencidos que se os Vilafranquenses nascidos e vividos nos últimos 150 anos em Vila Franca da Beira, voltassem por milagre à sua terra natal, logo nos perguntariam intrigados e já entristecidos : – “Mas que é que aconteceu ao Pinheiro ?!” – “Foi abatido”- responderíamos.        – “Então porquê e por quem ?” – insistiriam eles.  – “Pela ´E-REDES´, da electricidade” – diríamos.    -“E deixaram-nos fazer isso ?!”- iam inquirir em estilo repreensivo…   E aqui chegados neste diálogo inter-Vilafranquenses, calar-nos-íamos, algo comprometidos…

Já Pinheiro não sou.  À fogueira

Meu tronco desmembrado foi parar.

Símbolo de Vila Franca da Beira.

Ao alto merecia continuar !

Evocação a rimar e com o maior respeito pela matriz inspiradora feita pelo grande mestre do Soneto – Bocage…

 E neste “Cepo de Natal e Ano Novo” de 2024, pudemos reconhecer os pedaços ainda firmes do seu grosso tronco a serem postos na fogueira do Cepo, ali, no Largo da Capela da Senhora da Conceição e da Santa Margarida.

É um fim (quase) final para os destroços de O Pinheiro, digamos que com alguma dignidade tradicional nesta sua fase de – fogo – calor – fumo – cinzas -.

As chamas que agora lá alimenta, afinal com seu cerne ancestral mas injustamente negado, também servem para purificar certos actos recentes nada consentâneos com o respeito que aquela Árvore imponente nos deve continuar a merecer, em memória pelo menos, que já a não temos a apontar os céus e a fazer assobiar  os ventos.

Salvé Pinheiro !

Tua altaneira memória nós, os Vilafranquenses, a saudamos, para sempre !

25 de Dezembro de 2024

 

 

Autor: João Dinis, Jano.

(Vilafranquense – amputado de O Pinheiro)

 

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