Home - Opinião - Bilhete Postal desde Roma:  Ouçam Francisco e abram Vosso coração à Paz! Autor: João Dinis, Jano

Bilhete Postal desde Roma:  Ouçam Francisco e abram Vosso coração à Paz! Autor: João Dinis, Jano

Fiel à vocação com que iluminou a doutrina social da Igreja e fiel a si próprio como católico e cristão ecuménico, o Papa Francisco não deixou de proclamar na sua derradeira Bênção “urbi et orbi” (para a cidade e o mundo) proferida no Domingo de Páscoa desde a vetusta varanda do Vaticano sobranceira para a Praça de S. Pedro, e de entre outras passagens, citamos :

– “Não é possível haver paz sem um verdadeiro desarmamento.  A necessidade que cada povo sente de garantir a sua própria defesa não pode transformar-se numa corrida generalizada ao armamento” – e a seguir: – “Apelo a todos os que, no mundo, têm responsabilidades políticas para que não cedam à lógica do medo que fecha, mas usem todos os recursos disponíveis para combater a fome e promover iniciativas que favoreçam o desenvolvimento. Estas são ´as armas´ da paz: aquelas que constroem o futuro em vez de espalhar a morte!”.

Eis um postulado notável e muito oportuno!  É que, e digam lá o que disserem os “mercenários ideológicos” e outros que tais, as armas são feitas e aperfeiçoadas com o objectivo de destruir e matar mais e mais letalmente e, as mais sofisticadas, mesmo para matar definitivamente,. De facto, as armas de guerra não têm outra finalidade. Basta de armas! É uma exigência civilizacional!

Eu concordo em absoluto com a afirmação que nos diz que os pais não geraram e não criaram os seus filhos para estes serem estropiados e mortos em guerras provocadas pelos “senhores das guerras” e pelos negócios “assassinos” dos “traficantes da morte”, os produtores e comerciantes dos armamentos.

Fim à guerra!  Viva a PAZ!

 Apoios públicos para a Vida e para a PAZ!

Hoje, 24 de Abril, é notícia o financiamento público, insuficiente, designadamente via Orçamento do Estado, para a protecção social de Pessoas residentes em Portugal com necessidades especiais. Em 2022, dizem-nos, apenas significou 1,58% do PIB, Produto Interno Bruto, nacional, bastante abaixo da média europeia. Note-se que este sector social também é o que enfrente maior risco de pobreza.

De outras vezes, saem notícias sobre os 2 milhões de residentes em Portugal – 20% da população! – considerados “pobres” e que passa fome a grande parte deles…

Porém, a paranóia oficial e oficiosa em que nos querem entalar proclama e os seus arautos de todos os matizes não cessam de apelar para o grande aumento da despesa pública com armas e com guerras. E de tal forma são “torturadores” de conceitos e medidas que, para facilitar esse autêntico crime, estão a propor que essas verbas não entrem nas contas do tal “défice” que Portugal e nós somos obrigados a cumprir por imposição desta UE, União Europeia.  Mas já contam as despesas com serviços públicos de apoio à vida das Pessoas como, por exemplo, o SNS, Serviço Nacional de Saúde, a Educação e a Habitação, para ficarmos por estes.

Aliás, é neste contexto que governantes e candidatos a governantes pretendem até ter descoberto um tipo de dinheiro “elástico” quando, para enganar incautos, afiançam que ainda que aumentem, para já e pelo menos, para 2% do PIB (uns 5 mil milhões de euros por ano) as despesas com armas e guerras, ainda assim não reduzirão as despesas com os aspectos sociais. Mentem descaradamente que o simples bom senso nos ensina que para tapar de um lado, a manta do Orçamento destapa do outro, também porque, mentem eles outra vez, não vão aumentar os impostos… Enfim, eu cá só acredito nesta parte dos impostos se a intenção for para continuar a perdoar pagamentos de impostos e similares aos grandes interesses económicos e financeiros, afinal os maiores privilegiados do “sistema”…

Novos Fariseus que adoram o “deus dinheiro” e servem aos novos “imperadores”…

São os novos fariseus que adoram o “deus dinheiro” e servem os novos “imperadores” deste Mundo. Podem até não matar um gato em casa mas mandam matar Seres Humanos a milhares de quilómetros de distância.  Por “segurança” – juram eles falso!

Dezenas deles, desse tipo de governantes, e seus mandantes juntam-se agora em Roma a pretexto do funeral de Francisco – que viveu nos antípodas desse comportamento anti-humano – para se mostrarem travestidos de humanos enquanto são capazes de aproveitar o ensejo para conspirarem mais armas e mais guerras…

Malditos fariseus deste templo do diabo!

Ao menos, experimentem abrir um pouco vosso coração às mensagens de Francisco. Pode ser que, pela vossa consciência, sopre um vento suave e terno, afinal cristão, mesmo divino, e opere o milagre da vossa conversão à Paz e à Vida!

Autor: João Dinis, Jano

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