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Bilhetezinho Postal desde o Largo do Tribunal, em Oliveira Hospital. Autor: João Dinis, jano  

Caríssimos Destinatários e outros Leitores:

Desta vez resolvo escrever e publicar um “Bilhetezinho Postal” para Vos escrever pouco apesar de ter tanto para Vos dizer (salvé, Padre António Vieira, meu bom inspirador).

Situo-me um pouco à volta do Largo do Tribunal, em Oliveira do Hospital, como se topa pelas fotos juntas.

Incido, em estilo caricatural, sobre aquilo que a tecno burocracia designa como “mobiliário urbano”, no caso à espera de ser utilizado por quem o paga através de interposta entidade, a Câmara Municipal… Ora aí está!

Em primeiro lugar, volto a dizer que a Obra do Largo do Tribunal o transformou num “jardim de pedras”, num autêntico “lego” à base de peças em granitos preparados para o efeito. Na verdade, condescendamos, até que ficou bonito.  Porém, qual terá sido o seu custo específico?  Certamente saiu bastante caro em dinheiro público e já nem falamos do muito tempo que demorou a fazer…

Ora, considerando que não estamos numa Câmara Municipal, por exemplo do Katar ou de outro “reino do petróleo”, tratar-se-á de um gasto escusadamente exagerado para as possibilidades reais do nosso Município.  Faz-se uma Obra destas, cara, e quantas outras Obras ficam, entretanto, por fazer sobretudo nas Povoações, como a minha, situadas da periferia da Cidade?  Ora bolas para estas opções! Deveriam ter aprovado um projecto engraçado mas bastante mais barato, certamente!

Mas atente-se, como disse, no tal “mobiliário urbano” por lá instalado.

Contentor metálico (e já enferrujado) para servir de Urinol Público.

Lembramo-nos bem das sólidas Casas de Banho públicas que por ali existiram anos a fio. Foram destruídas para executar esta Obra…

Ao que julgamos saber, a Obra em causa foi entregue à Câmara em Setembro ou Outubro passados. Ora, o tal Contentor-Urinol e Sanita apareceu lá instalado mais ou menos por essa altura. Ouvimos dizer que custou 50 mil euros!

Pois podem acreditar, hoje mesmo, dia 15 de Abril, meio ano depois, nós próprios lá nos dirigimos para aliviar a bexiga. Porém, demos com o nariz na porta fechada que esta estava… Mas que aborrecimento!  Na emergência, estivemos tentados a urinar naquele estranho espaço, a céu aberto, entre o Contentor-Urinol e Sanita e a parede do Tribunal que lhe fica logo atrás.  Enfim, o receio de sermos topados nesses “afazeres” junto ao edifício de um Tribunal, e de sofrermos consequências tipo uma condenação por “atentado ao pudor” em espaço público, esse receio levou-nos a ir fazer o “serviço” no WC de Café próximo…  Mas ficámos com a certeza de que haverá quem não tenha tempo para essa alternativa e se alivie lá mesmo atrás, depois de se dirigir “à rasca” ao Contentor-Urinol e Sanita e o encontrar fechado. E se assim for, deverá é ser “indemnizado” pela Câmara Municipal…

Ecopontos subterrâneos com protecção tipo preservativo…

São quatro deles alinhados na parte de trás do edifício do Tribunal. Apresentam as respectivas quatro bocas bem salientes desde o bojo subterrâneo do contentor “ecológico”.  Modernices…

Mas que inusitada cobertura ostentam os seus tesos apêndices que sobem até à boca por onde é suposto entrarem os vários lixos?!  Pois levam a envolvê-los e a taparem as bocas, umas protecções plásticas bem ajustadas aos cilindros quase desde a base. Sim, é como se fossem uns preservativos!  Para servirem de protecção aos “ecopontos”, como se estes fossem uns úteros metálicos onde, afinal, se deve impedir a entrada dos lixos.  Ora bolas!   Gasta-se tanto dinheiro em contentores ultramodernos mas aplica-se-lhes “camisinhas”, como se lhes referiu um meu amigo brasileiro.  – “É para que saibas, é para que saibas, que aqui em Oliveira do Hospital se previne a multiplicação do lixo com…preservativos ecológicos!” – gracejei eu.

 

 

Autor: João Dinis, Jano

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