e para se verem livres das fossas sépticas – onde as há – que continuam a existir no interior de algumas casas e em quintais.
A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital já aprovou a adjudicação da obra à empresa GRACOVIL – Granitos e Construção de Viseu, Lda, pelo valor da sua proposta no montante de 618.255,90 Euros acrescidos de IVA à taxa em vigor, ficando cerca de 70 mil euros abaixo do valor estimado pela autarquia – 688 mil Euros – aquando do lançamento do concurso público em Novembro passado. Na ocasião, o presidente Mário Alves justificou os atrasos na resolução do problema que continua a afectar aquelas populações, com as dificuldades em negociar, com os particulares, os terrenos necessários para a instalação do depósito de água e da Estação de Tratamentos de Águas Residuais.
Recorde-se que no final do Verão de 2007, numa visita àquelas localidades da freguesia de Lourosa, o Correio da Beira Serra se deparou com longas mangueiras estendidas entre os vários fontanários das localidades e os depósitos das habitações.
A falta de saneamento básico continua a ser um grave problema para as populações que, para darem resposta às águas residuais das habitações, se vêem obrigadas a manter fossas sépticas no interior das casas e em terrenos de cultivo.
Tome-se o exemplo de Maria Alice, uma septuagenária residente na localidade de Pinheirinho, que nem sequer fossa tem e continua a canalizar as águas residuais para uma divisão localizada na parte inferior da casa – paredes meias com o forno onde coze o pão – e de onde, por vezes, os dejectos até escorrem ladeira abaixo, junto a outras habitações.