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Mário Alves apresentou em reunião de câmara um estudo elaborado pela empresa “Águas do Zêzere e Côa” e chegou à conclusão de que o município que lidera “vai ter que se debruçar sobre esta matéria para, em tempo oportuno, fazer os ajustes necessários”.

Câmara prepara-se para aumentar tarifas de água e saneamento

Imagem vazia padrãoA câmara Municipal de Oliveira do Hospital prepara-se para aumentar os tarifários de água e saneamento, fruto da “situação complicada” em que se encontra a empresa multimunicipal das Águas do Zêzere e Côa”. A informação foi avançada, dia 8 de Abril, pelo presidente do município que, em reunião pública do executivo, se revelou preocupado com a necessidade de mexida, “a curto prazo” nos tarifários “sob pena” de a autarquia ter que vir a suportar “custos terríveis com a situação do abastecimento de água e do tratamento de efluentes”.

Mário Alves apresentou em reunião de câmara o estudo elaborado pela AZC sobre as tarifas praticadas pelos municípios aderentes ao Sistema Multimunicipal e situação financeira da empresa e chegou à conclusão de que o município que lidera “vai ter que se debruçar sobre esta matéria para, em tempo oportuno, fazer os ajustes necessários”. O autarca pondera que a subida possa vir a ser feita de forma “gradativa, para que se torne mais leve para as famílias”. Deu o exemplo dos concelhos de Celorico e Fundão que fizeram um “aumento brutal dos tarifários” e revelou-se crítico relativamente a municípios que “cobram tarifas baixíssimas” e que, por não gerarem receitas, “pagam mal” à AZC.

O presidente do município equaciona ajustar os preços a cobrar aos munícipes, por ocasião da alteração dos tarifários decorrente da extinção do aluguer dos contadores.

Numa análise ao relatório elaborado pela empresa, o vereador socialista José Francisco Rolo verificou que entre 2004 e 2007, no âmbito de um cenário previsto para um total de consumo de 120 metros cúbicos por ano, o município procedeu a um aumento de seis euros no abastecimento de água e três euros no saneamento, perfazendo um total de nove euros. O valor acresce para 11 euros, perante um cenário de consumo de 200 metros cúbicos por ano. Aumentos que, o presidente da autarquia considera serem ainda insuficientes face à “situação complicada” em que se encontra a empresa concessionária.

José Francisco Rolo alertou para o facto de o município de Oliveira do Hospital estar a cobrar uma tarifa de água mais cara do que a praticada no concelho de Seia, verificando-se o inverso no que respeita ao saneamento básico. O eleito socialista alertou, por isso, o executivo para que “não seja o município de Oliveira do Hospital a salvar a AZC”.

Sublinhe-se que, num cenário de consumo anual de 120 metros cúbicos, o município de Oliveira do Hospital cobra (ano de 2007) 0,75 Euros por metro cúbico – mais nove cêntimos que o vizinho de Seia – e tem à sua frente apenas o município da Guarda com uma taxa de 1,22 Euros por metro cúbico. O concelho do Sabugal é o único que aplica uma tarifa igual à praticada no concelho de Oliveira do Hospital. Bem diferente é a realidade com o saneamento, em que o município oliveirense surge a cobrar uma das tarifas mais baixas: 0,18 Euros por metro cúbico. O município de Seia, por exemplo, aplica uma tarifa de 0,56 Euros. Sobressaem contudo, outros concelhos – Belmonte, Figueira de Castelo Rodrigo e Manteigas – que não aplicam qualquer taxa para o tratamento de efluentes, recaindo sobre a autarquia a responsabilidade de suportar a totalidade dos custos.

Liliana Lopes

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