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Candidato do PSD aposta na redução dos impostos municipais, na atracção de investimento e na área social

O candidato do PSD à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital aproveitou o tradicional convívio de ontem na Praia Fluvial das Caldas de S. Paulo, conhecido como o Pontal das Beiras, para apresentar algumas das propostas que a lista que lidera tem para alterar, segundo os sociais-democratas, o rumo do concelho. João Paulo Albuquerque, perante uma plateia de cerca de cinco centenas de pessoas, disse pretender proceder à realização de obras de requalificação urbanística nas entradas da cidade, na zona histórica e no parque dos marmelos, bem como reduzir a taxa de IMI e abdicar dos cinco por cento da receita proveniente do IRS que revertem para a autarquia.

Depois de um discurso em que elencou uma série de criticas ao actual executivo socialista, João Paulo Albuquerque descreveu depois parte daquilo que considera importante realizar no próximo mandato para “melhorar a situação da população”. Entre elas surge a promessa de requalificação e ampliação do Lar Sarah Beirão. “O projecto que previa a requalificação e a ampliação desta infra-estrutura em Travanca de Lagos e foi ignominiosamente desprezado, sem qualquer justificação plausível. Este projecto destinava-se essencialmente a dar cobertura aos idosos socialmente sensíveis”, explicou, assegurando que a sua equipa pretende igualmente realizar a aquisição de casas devolutas, em mau estado de conservação, recuperando-as, para alojar jovens casais, com renda social. “Estou certo, que estas iniciativas alavancam o sector da construção, gerando emprego e riqueza”, sublinhou, adiantando que nos planos da sua equipa está também a atracção de “investimento público ou privado, de forma a gerar a criação de emprego, e assim, garantir a fixação de pessoas, particularmente jovens”.

A parte social não foi esquecida e o candidato social-democrata apresentou um programa de incentivo à natalidade, baseado plano de financiamento até aos quatro anos de idade, entre as medidas a executar. “Pretendemos, ajudar as famílias na aquisição dos manuais escolares, até ao sexto ano de escolaridade, apoiar os idosos na aquisição de medicamentos e no pagamento de parte da mensalidade na valência do lar, nomeadamente, em situações sociais e economicamente débeis”, frisou. “Pretendemos, apoiar todas as associações e instituições do concelho, sem qualquer outro propósito, que não seja, o seu bom funcionamento e persecução dos seus objectivos sociais. Entendemos, que estas devem ser dirigidas, por pessoas totalmente livres. Totalmente livres, no pensamento, na acção social, e na acção politica. Contrariamente ao que hoje acontece”, prosseguiu, assegurando que o apoio às Freguesias “na concretização das suas necessidades” não será esquecida. “Este apoio servirá para a criação de melhor qualidade de vida, permitindo assim aos jovens, a fixação nos seus territórios”.

Apoiar os poucos pastores que dizem existir no concelho é outra das prioridades da equipa do PSD, para permitir, referiu o candidato, o aumento de ovelhas, bem como, da produção de Queijo da Serra da Estrela que consideram um “produto endógeno de excelência, identitário do nosso território”. “Na agricultura, apesar da incomensurável ‘Festa do Queijo’, quiçá, ‘a maior do país’. Onde são gastos, milhares de euros, e os visitantes, na sua maioria, vêm por convite, e à troca de uns almoços grátis, pagos por todos os oliveirenses. Temos, no entanto, metade das ovelhas que tínhamos em 2009 e o leite espanhol vai invadindo o nosso espaço, com toda a facilidade e naturalidade”, atirou, lembrando que no domínio da agricultura “vai havendo uns subsídios, através da BLC3, para a plantação de pereiras de São Bartolomeu”. “Não se vê, no entanto, qualquer resultado prático desse investimento”.

.João Paulo Albuquerque disse ainda que irá em articulação com os empresários de hotelaria, restauração e afins, proceder à promoção do concelho, através dos produtos endógenos, do património cultural, arquitectónico e paisagístico. “Praticando uma oferta turística ao nível das instalações e da gastronomia”, explicou, salientando ainda que estão previstas cartas de defesa da floresta contra incêndios, que delimitem a protecção dos espaços ou núcleos urbanos, para que, em articulação com as juntas de freguesia e outros parceiros, se possam precaver, em situações de sinistro. Ao mesmo tempo, diz que irão, se for necessário, exercer pressão política e social junto dos representantes governamentais para resolver os problemas existentes, particularmente, nos domínios da saúde, da educação, da justiça e das acessibilidades.

Antes, o candidato que pretende liderar os destinos do concelho nos próximos quatro anos não tinha poupado nas criticas ao executivo liderado por José Carlos Alexandrino que se recandidata nas listas do PS. “Há oito anos, os candidatos do Partido Socialista venderam-nos a ideia da possibilidade de construir o céu na terra. Com essa promessa, alcançaram o poder, interrompendo assim, um ciclo de desenvolvimento sustentado, que vinha sendo construído pelo PSD. Disseram-nos, que iam transformar a cidade, numa cidade mais acolhedora, urbanisticamente mais equilibrada e onde valeria a pena viver. Hoje, olhamos a cidade, e o que vemos de diferente? A “Zona Histórica” continua por requalificar, as entradas da cidade, não sofreram qualquer alteração desde 2009, a limpeza do Rio de Cavalos, bem como a requalificação do Parque dos Marmelos, continuam por fazer”, atirou, sublinhando que “ a apregoada nova ligação à Estrada Nacional 17, na zona da ‘Casa dos Frangos’, também não foi feita, acusando ainda o actual executivo de ter deixado ao abandono o jardim João Oliveira Mano. “A sala de visitas da nossa cidade apresenta um ar desleixado, com os abajures dos balizadores partidos e enumeras plantas por repor, um relvado deteriorado em vários locais, por consentimento de uma utilização indevida e abusiva”, acusou.

Classificando o rol de promessas realizadas pelos socialistas no plano de atracção de investimento como “catastrófico”, João Paulo Albuquerque criticou a forma como tem sido tratada a zona industrial do concelho. “Volvido todo este tempo, verificamos não existir uma única empresa instalada no ampliado espaço da ‘Zona Empresarial’. Nem tão pouco no ‘Polo’ da Cordinha, alvo do escárnio e mal dizer, no tempo do anterior executivo. Oito anos volvidos, não foram capazes de fazer melhor. Nem de requalificar a ETAR, ali ao lado. Pelo que os jovens continuam a sair do concelho, excepção feita aos que vão fazendo uns estágios na “polémica e secreta” BLC3 ou noutras instituições concelhias. Para além de, uns ‘poquezitos’ na ADESA, na ADI, ou mesmo na Câmara Municipal”.

“Face ao que outrora foi prometido, seria suposto, termos hoje um concelho, mais desenvolvido nas suas mais variadas componentes, social, económica, cultural, entre outras. Acontece, que temos hoje, menos crianças, menos jovens, e menos adultos. A desertificação começa a pairar, sobre algumas das nossas aldeias. É por isso, urgente, inverter esta tendência, é preciso ‘Mudar de Rumo’”, concluiu.

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