Casimiro Simões, jornalista da agência Lusa, anunciou a sua candidatura à presidência da Câmara da Lousã pelo Movimento Independente pela Lousã (MIL), defendendo a necessidade de um novo modelo de governação para o concelho.
“O modelo de governação do concelho está completamente esgotado”, afirmou o candidato, sublinhando que as políticas municipais seguidas nas últimas quatro décadas não têm servido os interesses da população. Entre as preocupações do movimento estão a falta de transparência na gestão municipal, a tomada de decisões sem participação dos cidadãos e a forma como tem sido gerida a Serra da Lousã, nomeadamente a reintrodução de veados sem acautelar os pequenos proprietários agrícolas.
Casimiro Simões destacou ainda a necessidade de medidas eficazes para travar a perda de população nas aldeias do concelho, apontando a degradação da paisagem como um reflexo do abandono destas zonas. “A Lousã tem o seu futuro adiado porque está-se a tentar resolver as coisas com paninhos quentes”, afirmou.
O MIL, que reúne cidadãos de diferentes quadrantes políticos, pretende apresentar listas a todos os órgãos autárquicos. A sessão de apresentação do movimento está marcada para sexta-feira, na Biblioteca Municipal da Lousã, às 18h30.
Casimiro Simões, de 65 anos, natural da Lousã, é jornalista da agência Lusa desde 1989 e coordenou a delegação de Coimbra da agência. Foi também director do jornal Trevim entre 1990 e 2002 e actualmente preside à direcção da cooperativa proprietária daquele periódico. Nos anos 1980, integrou uma lista do PS, num acordo com a União Democrática Popular (UDP), tendo sido eleito secretário da Assembleia de Freguesia da Lousã.
Além de Casimiro Simões, são candidatos à Câmara da Lousã António Marçal (PS), Victor Carvalho (PSD) e Sérgio Vaz (Chega). O PS governa o município desde 1982, ano em que Horácio Antunes venceu as eleições autárquicas. O actual presidente, Luís Antunes, filho do antigo autarca, cumpre o seu terceiro e último mandato.