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Citroën celebra 75º aniversário do 2 CV, um modelo que se despediu há 33 anos com o último exemplar a ser fabricado em Mangualde

A Citroën celebra o 75º aniversário do seu modelo mais emblemático: o 2 CV. Concebido no gabinete de estudos da Citroën na Rue du Théâtre, em Paris, e aperfeiçoado no centro de testes de La Ferté-Vidame, na região de Eureet-Loir, foi apresentado ao público no Salão Automóvel de Paris, a 7 de Outubro de 1948. O 2 CV teve uma carreira excepcional: foram produzidas no total 5.114.969 unidades, das quais 1.246.335 exemplares em formato furgão.

O último 2 CV saiu da fábrica de Mangualde, em Portugal, 42 anos após o seu lançamento, às 16h30 do dia 27 de Julho de 1990. A Fábrica portuguesa contribuiu para o sucesso do 2 CV,  tendo produzido 81.882 unidades: 79.914 do 2 CV (ZL), entre 1964 e 1990, 781 do 2 CV Furgão (AZU) de 1964 a 1970 e mais 1.187 unidades do 2 CV Furgão (AK) de 1965 a 1977.

 O projecto “TPV” (“Toute Petite Voiture” ou “veículo muito pequeno”) nasceu em meados dos anos 30, mais precisamente em 1936. O seu objetivo era proporcionar às pessoas com baixos rendimentos um automóvel económico e versátil. Em 1937, o primeiro protótipo apto a circular do projeto TPV viu a luz do dia, pesando apenas 370 kg e estando equipado com um único farol (a legislação da época não exigia dois). O veículo podia transportar até quatro pessoas e 50 kg de carga a uma velocidade máxima de 50 km/h e era extremamente confortável.

A apresentação de 250 modelos em pré-produção estava prevista para o Salão Automóvel de Paris de 1939, mas a eclosão da guerra veio pôr fim a este projeto. Os modelos produzidos foram depois destruídos, com exceção de quatro que foram secretamente guardados no Centro de Testes da Citroën em La Ferté-Vidame.

Quando entrou em produção, em Julho de 1949, o 2 CV era um pequeno automóvel com um motor bicilíndrico de 9 cv, com 375 cc de cilindrada, arrefecido a ar, capaz de atingir uma velocidade máxima de 50 km/h. A Citroën revolucionou a indústria automóvel com um veículo económico e versátil.

O seu formato único e a sua estética conquistaram rapidamente uma grande parte da população. Mas o seu enorme sucesso pode também ser atribuído à sua infinita gama de utilizações, bem como aos seus bancos amovíveis, à sua leveza, agilidade e conforto. Sem esquecer o facto de ser ultra económico, o que fez dele o automóvel mais popular. Em 1950, as encomendas multiplicavam-se e os prazos de entrega chegavam aos 6 anos.

O seu espírito vanguardista, com as suas tecnologias engenhosas para a época, fez com que permanecesse no panorama automóvel durante muitos anos. O 2 CV é um modelo intemporal que se tornou um verdadeiro fenómeno social, atraindo coleccionadores de todo o mundo. E continua a ser visto com frequência nas nossas estradas.

O 2 CV é também conhecido em todo o mundo de muitas formas diferentes, e a sua reputação fez com que ganhasse uma série de alcunhas. Algumas das mais conhecidas são “Deuche”, “Deudeuche” e “Patinho Feio”, para referir apenas algumas. Esta grande variedade de alcunhas mostra o quão popular era este modelo histórico e icónico.

Foram dez, no total, as edições especiais do 2 CV, lançadas em França e em vários outros países europeus, entre as quais o Spot, o Charleston e o Cocorico. O 2 CV também sofreu várias modificações, como o lançamento do primeiro furgão 2 CV (conhecido como 2 CV AU) em 1951, e depois o 2 CV AZ em 1954, equipado com um motor de 12 cv e a famosa embraiagem centrífuga.

Além disso, o 2 CV percorreu estradas de todo o mundo através de vários Raids – como o Raid Paris-Kaboul-Paris de 16.500 km em 1970, o Raid Paris-Persépolis de 13.500 km em 1971 e o Raid África de Abidjan a Tunis de 8.000 km em 1973, todos eles organizados pela Citroën.

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