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CM da Guarda fecha 2024 com resultado líquido positivo de 250 mil euros


Autarquia recupera cerca de 1,3 milhões de euros face a 2023, reduz dívida a fornecedores e aumenta capacidade de endividamento. Oposição critica falta de tempo para analisar contas.

A Câmara Municipal da Guarda encerrou o exercício de 2024 com um resultado líquido positivo de 250 mil euros. O relatório de prestação de contas foi aprovado esta segunda-feira, por maioria, na reunião quinzenal do executivo, com a abstenção dos vereadores da oposição.

“É um resultado que nos orgulha em termos políticos e técnicos. Em 2024, a Câmara da Guarda apostou numa gestão responsável e na captação de fundos europeus para construir um concelho mais coeso e mais moderno”, afirmou à agência Lusa o presidente da autarquia, Sérgio Costa, no final da sessão privada da Câmara.

O autarca independente sublinhou a recuperação de cerca de 1,3 milhões de euros em relação a 2023, ano em que o resultado líquido tinha sido negativo em aproximadamente um milhão de euros.

Segundo dados apresentados por Sérgio Costa, a dívida a fornecedores foi reduzida em cerca de dois milhões de euros, e a margem de endividamento do município aumentou de 39,8 milhões de euros, em 2022, para 49,8 milhões, no final de 2024.

“No espaço de dois anos conseguimos fazer uma grande recuperação: são mais 10 milhões de euros de folga em termos de capacidade de endividamento”, indicou o presidente da Câmara.

No final do ano passado, a autarquia dispunha de 4,8 milhões de euros em fundos disponíveis, com um prazo médio de pagamentos de 35 dias.

Sérgio Costa referiu ainda que a Câmara pagou 13,1 milhões de euros em empréstimos bancários nos últimos seis anos. “Já pagámos mais do que custa a Alameda da Ti’Jaquina, orçada em 10,5 milhões de euros”, comentou, numa referência à rejeição, pela oposição, de um empréstimo de 12,5 milhões de euros destinado a essa obra.

A proposta de prestação de contas de 2024 foi aprovada apenas com os votos da maioria, tendo os vereadores da oposição optado pela abstenção.

Carlos Chaves Monteiro, vereador do PSD, justificou a posição com a alegada falta de tempo para analisar os documentos. “A lei determina que temos 48 horas para estudar os documentos, dois dias úteis, mas esse tempo não foi cumprido. A prestação de contas deveria ter-nos sido enviada na terça ou na quarta-feira da semana passada e não na quinta-feira”, afirmou.

O social-democrata manifestou também preocupação com o aumento das despesas com aquisição de bens e serviços, que ascenderam a 29 milhões de euros em 2024, e com pessoal, que totalizaram 17 milhões de euros.

Adelaide Campos, vereadora do PS, partilhou a crítica sobre o tempo de análise, afirmando não ter tido condições para estudar “em condições” um relatório com mais de 200 páginas. Remeteu o debate para a próxima Assembleia Municipal, agendada para 23 de Abril.

Apesar disso, alertou que “70 por cento do orçamento da Câmara da Guarda está capturado para despesas correntes e isso faz com que fiquem fortemente comprometidos investimentos que o município tenha que fazer”.

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