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CM de Tábua contrai empréstimo de 1,2 milhões, oposição votou contra

EDP vai explorar três novos postos de carregamento de veículos eléctricos na vila sem contrapartidas para o município

A maioria PS do executivo camarário, com os votos contra do PSD, aprovou ontem, quarta-feira, a contratação de um empréstimo financeiro de 1,2 milhões de euros para 2023, tendo sido escolhida a proposta da Caixa de Crédito Agrícola como entidade bancária entre as quatro que se candidataram a conceder esse montante, devido ao “spread” baixo mais vantajoso de 0,47 por cento.

O Presidente Ricardo Cruz justificou essa decisão com necessidades de financiamento de novos investimentos e outros que estão já a decorrer, mas a oposição, pela voz de Vítor Melo, contestou este empréstimo referindo que o mesmo não se destina a pagar as dívidas às instituições do concelho, mas a investimentos correntes do próprio Município, “não existindo equidade nos gastos”, exemplificando, que “mais de oitenta por cento do empréstimo reverte para a Câmara”, exemplificando, entre outros, com as aquisições e reparações de maquinaria, os gastos na Praça do Tribunal, a edição do Boletim Municipal, as luzes de Natal, publicidade, despesas com vigilantes, elencando o facto das dívidas totais da edilidade já ultrapassarem os 12, 7 milhões, “quase o valor das despesas correntes deste ano”.

Ricardo Cruz respondeu tratar-se de “opções, fazemos aquilo que achamos que melhor serve os interesses dos tabuenses, foi para isso que nos mandataram”, salientando a necessidade de haver recursos financeiros a fim de proporcionar uma “melhor qualidade de vida aos tabuenses e de corresponder às necessidades em todo o concelho”.

“É alarmante pois está a hipotecar-se o futuro dos tabuenses em 20 anos, pois empurrarmos com a barriga vai ser pior, pois vamos pagar 350 mil euros de juros, é muito dinheiro”, sustentou o vereador social-democrata.

Uma outra questão alvo de discussão respeitou à instalação de 3 novos locais na vila para carregamento de veículos elétricos, tendo a oposição do PSD contestado o facto de a EDP, que é a entidade que vai gerir esses postos, ter ficado isenta de pagar taxas durante dez anos, ao “passo que quando um tabuense necessita de fazer obras, tem de pagar taxas e empresas deste volume ficam isentas”. Ricardo Cruz retorquiu com as soluções de mobilidade e de redução de CO2 e essas parcerias inserem-se nessas necessidades dos tabuenses sem qualquer investimento.

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