Home - Outros Destaques - Coligação PSD/CDS-PP acusa executivo da CM de Oliveira do Hospital de “sectarismo e partidarite” e de recusar todos os nomes propostos pela oposição para as medalhas do feriado municipal

Coligação PSD/CDS-PP acusa executivo da CM de Oliveira do Hospital de “sectarismo e partidarite” e de recusar todos os nomes propostos pela oposição para as medalhas do feriado municipal

Os vereadores eleitos pela Coligação PSD/CDS na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital explicaram ontem que abandonaram a reunião extraordinária de Câmara da passada segunda-feira, em sinal de protesto relativamente àquilo que designam por “sectarismo e partidarite” na forma como a maioria socialista tratou a atribuição das medalhas do Feriado de 7 de Outubro. Os representantes da Coligação sublinham que não podiam aceitar a rejeição dos dois nomes que apresentaram, dado que os mesmos tinham sido apresentados em 2022 e que, naquele ano ficou acordado com o presidente da Câmara que os mesmos seriam incluídos na lista de 2023. Segundo Francisco Rodrigues, os elementos da Coligação, que são favoráveis aos nomes apresentados pelo executivo socialista, foram confrontados com uma lista já definida, que não estava aberta a discussão e que não incluía qualquer nome apresentado pela oposição. Como forma de protesto, abandonaram a reunião.

“Fazemos questão e dissemo-lo na própria reunião da Câmara Municipal, por razões óbvias, que a identidade das personalidades não fosse revelada, quando foi perceptível a tendência de rejeição por parte da maioria no Executivo, em respeito pela memória dos visados e, por isso, reiteramos junto de vós esse nosso apelo de reserva sobre a identidade das personalidades por nós sugeridas”, referiu Francisco Rodrigues ontem em conferência de imprensa onde estava acompanhados pelos dois vereadores da coligação e por um dirigente do CDS.

“Ainda na reunião realizada em 2022, foram pelo Presidente da Câmara manifestadas algumas justificações sobre a não inclusão dos nomes indicados pelo PSD, as quais foram por nós consideradas perfeitamente atendíveis, designadamente quanto ao facto de, havendo dois nomes indicados pelo executivo em permanência, correspondentes a reconhecimentos a título póstumo, seria sensato não acrescentar à solenidade da cerimónia mais uma ou duas personalidades que, também elas, correspondiam a homenagens a título póstumo”, continuou.  “Num sinal de boa-vontade e sensíveis à justificação apresentada, aceitámos prescindir da indicação de qualquer personalidade ou entidade, mas sob compromisso de que em 2023 seria feita justiça à memória das personalidades envolvidas, situação na qual o Presidente da Câmara se comprometeu, dando a sua palavra”, acusou.

“Foi também lembrado que uma das personalidades indicadas pelos eleitos pela Coligação tem sido insistentemente indicada pelo PSD nos últimos 7 anos, sem que da parte dos eleitos pelo PS tenha sido cumprido o compromisso da sua inclusão, não obstante as declarações e os compromissos nesse sentido assumidos pelo anterior presidente da câmara e sempre incumpridos”, insistiu o vereador social-democrata.

“Contra todas as expectativas, já este ano de 2023, na passada quinta-feira, os vereadores do PSD/CDS foram surpreendidos com a comunicação da intenção de não incluir este ano os nomes por nós indicados, embora deixando em suspenso que a lista final seria apresentada para votação na reunião extraordinária de segunda-feira. Conhecida essa lista nesta segunda-feira, dia 25, logo no início da reunião extraordinária e perante a confirmação, reiterada pelo Presidente da Câmara após insistência nossa, de que a lista colocada a votação não incluía nem sequer um dos nomes indicados pelos vereadores social-democratas, nós, vereadores eleitos pela Coligação Unidos para Construir o Futuro, em sinal de protesto e repúdio por tal atitude, abandonámos efectivamente a reunião, mas não sem que antes tenhamos proferido uma declaração sobre o assunto”, conta Francisco Rodrigues.

Referindo que a declaração há-se constar em acta, Francisco Rodrigues disse que lembraram ao Executivo em Permanência o Regulamento dos Títulos Honoríficos que tinha sido uma “excelente iniciativa do executivo liderado pelo Prof. César Oliveira”. “E salientámos o facto deste Regulamento ter sido aplicado ao longo de vários mandatos, com executivos de diferentes sensibilidades políticas, sempre com grande abrangência, convergência de opiniões e muita diversidade na escolha das personalidades a homenagear e nas áreas em que cada uma delas se tornou relevante para o concelho”, continuou.

“Quisemos, logo de início, deixar bem clara toda a nossa total concordância e enlevo para com as personalidades e entidades propostas pela maioria socialista para serem homenageadas neste ano de 2023, as quais, aliás, não merecem este triste e repudiável episódio no ano em que o Concelho entende prestar-lhes o devido reconhecimento”, frisou Francisco Rodrigues, lembrando que  “nunca a solenidade do evento tinha sido manchada por qualquer gesto ou manifestação de discriminação relativamente a quem quer que fosse, garantindo sempre a solenidade dos actos e o respeito por quem estivesse a ser indicado para ser homenageado”.

“A postura que tem sido protagonizada nos anos mais recentes e, particularmente, no ano de 2023, em que se ignoram completamente os compromissos assumidos nos anos anteriores é, desde logo, uma ofensa e um desrespeito à memória daquelas personalidades que se pretendiam homenagear e que devem merecer o nosso máximo respeito pessoal e institucional. Mas é, sobretudo, um claro sinal do sectarismo e da partidarite que caracterizam a actuação da actual maioria socialista na Câmara Municipal”, assegura.

Francisco Rodrigues considerou ainda que existiu por parte da equipa liderada por José Francisco Rolo uma “desconsideração e desrespeito pelos vereadores da Coligação”, ignorando a “boa prática que vinha do passado em termos de estabelecimento dos equilíbrios e consensos em que estas matérias devem ser tratadas, não poderia merecer outra atitude que não fosse a manifestação firme do nosso protesto, mesmo que fosse através do abandono da reunião”. “O comunicado difundido pela estrutura local do Partido Socialista é a prova bastante evidente do mais abominável grau zero a que chegou o nível do debate político em Oliveira do Hospital” acusa, sublinhando que “em política não vale tudo” “E nos meus, nos nossos critérios, só cabem a verdade e a honradez, por mais que nos possam ser momentaneamente inconvenientes”, sublinhou.

“Manifestamente, não é este o registo que tem caracterizado a actuação dos actuais responsáveis socialistas no Executivo Municipal. É, desde logo, um acto de cobardia de quem, evitando dar a cara pelas afirmações que são feitas no comunicado, se esconde atrás de uma iniciativa partidária, para tomar posição sobre uma reunião onde os responsáveis do PS não estiveram presentes. Mas é também mais uma prova da promiscuidade existente entre Câmara Municipal e Partido Socialista, onde não se sabe onde termina uma instituição e começa a outra”, insistiu numa alusão a um comunicado do PS de Oliveira do Hospital.

“O que reivindicámos, e estamos a fazê-lo de novo aqui hoje, é que o Presidente da Câmara seja capaz de honrar a sua palavra, ao menos nesta matéria de grande sensibilidade para as Coligação PPD/PSD.CDS/PP, personalidades, entidades envolvidas e também para os seus familiares e amigos e para a sociedade em geral. Porque isso é o que fazem os grandes homens em cujo grupo, pelos vistos, ele escolheu não se querer incluir”, concluiu o líder dos sociais democratas.

 

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