A psoríase continua a provocar alguma desconfiança na maioria das pessoas, muito devido ao desconhecimento em torno desta doença. A ideia errada de que a psoríase é uma doença contagiosa, é altamente discriminatória. Os próprios doentes acabam por sentir-se angustiados e veem a sua autoestima e bem-estar social diminuir. É cada vez mais importante consciencializar as pessoas para a doença e informá-las de que a psoríase é uma doença não contagiosa, que não tem cura mas tem tratamento.
Por ser uma doença de pele, a psoríase manifesta-se em zonas expostas, como a face, couro cabeludo, mãos, unhas, provocando um grave desconforto para os doentes, ao ponto de muitos deles se isolarem e optarem por esconder a doença da família, dos amigos e no local de trabalho.
Conhecer a psoríase e tratá-la ajuda a melhorar a qualidade de vida dos doentes e a desmistificar o preconceito associado.
A psoríase afecta cerca de 2 a 3 por dento da população portuguesa, cerca de 250 mil pessoas, e é uma doença crónica da pele, autoimune e que pode surgir em qualquer idade. É caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Estima-se que cerca de 125 milhões de pessoas em todo o mundo sofra de psoríase e cerca de 10 por cento acabam por desenvolver artrite psoriática, uma doença crónica inflamatória associada à psoríase.
Sobre o Dia Mundial da Psoríase
O Dia Mundial da Psoríase, a 29 de Outubro, foi celebrado mundialmente, pela primeira vez, em 2004, tendo sido instituído para mostrar à sociedade uma doença escondida. Trata-se de um evento verdadeiramente global que se propõe a dar voz aos 125 milhões de pessoas que sofrem de psoríase/artrite psoriática.
A PSOPortugal – Associação Portuguesa de Psoríase – comemora, no dia 29 de Outubro, o Dia Mundial da Psoríase que este ano, sob o lema “Construir um Mundo Melhor para as Pessoas com Psoríase”, pretende avaliar as necessidades que podem promover a maior qualidade de vida dos doentes com psoríase e atenuar a descriminação que estes enfrentam diariamente.
Autor: Dr. Paulo Ferreira, dermatologista e colaborador da PSOPortugal