Quatro concursos públicos celebrados entre o Estado-Maior da Força Aérea e várias empresas fornecedoras de meios aéreos para combate aos incêndios dominaram por completo o panorama da contratação pública durante o tempo de outra calamidade, a pandemia do coronavírus. A notícia é avançada pelo jornal Dinheiro Vivo, adiantando que estes contratos agora celebrados são inclusive dos mais valiosos (vertente concursos públicos) de que há registo no Portal Base, base de dados onde é publicada essa documentação oficial, e que remonta a 2009.
Nos referidos concursos públicos, de acordo com um levantamento feito pelo Dinheiro Vivo (DV), o Estado português vai gastar um total de 117,1 milhões entre este ano e 2023 na “aquisição de serviços de disponibilização e locação dos meios aéreos”, como aviões, helicópteros e outro equipamento de apoio para combater os fogos que nos últimos anos foram devastadores e levaram à perda de vidas e de vastas áreas de reserva ambiental e agrícolas.
Os quatro contratos em causa foram celebrados a 13 e a 31 de março com várias empresas desse setor (Helibravo, Babcock, Agro-Montiar). Este forte investimento em meios aéreos acabou por ajudar a despesa contratada através de concursos públicos a subir de forma pronunciada no trimestre. De acordo com os cálculos do DV, o valor dos concursos publicados pelas várias entidades do setor público disparou quase 30 por cento no primeiro trimestre deste ano face a igual período de 2019, superando os mil milhões de euros em gastos.