Para o processo estar completo, falta agora a componente informativa, cujo modelo está ainda a ser estudado pelo arquitecto da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital – a entidade promotora do projecto.
Segundo afirmou ao Correio da Beira Serra o arqueólogo Paulo Perpétuo – ainda na altura em que decorriam os trabalhos –, dos quatro monumentos dolménicos identificados no concelho o dólmen da Arcaínha era o que estava “num estado de ruína mais avançado”. “Estamos perante um monumento extremamente violado e revolvido”, referiu Perpétuo ao CBS.
De acordo com informações prestadas a este jornal pelo mesmo arqueólogo, este monumento “foi construído no final do período Neolítico”, no período das escavações, e foram encontrados cerâmicas e vasos com forma própria e decoração típica do final do período da Idade do Cobre, início da Idade do Bronze”.
Mas o processo de recuperação destes quatro espaços históricos – os outros três encontram-se localizados em Sobreda, Fiais da Beira e Bobadela –, está em “banho-maria” há já algum tempo porque – de acordo com o que o Correio da Beira Serra apurou junto de uma fonte ligada ao processo – a proprietária do terreno onde se localiza a Anta da Cavada, em Fiais da Beira, “tem estado a criar alguns obstáculos”, impossibilitando assim a intervenção dos arqeuólogos.
No âmbito da recuperação do património histórico local, em curso – conforme documenta a imagem –, está entretanto a recuperação do anfiteatro romano da Bobadela que, segundo avançou ao Correio da Beira Serra o presidente da Junta de Freguesia local, Fernando Duarte, “deverá estar concluída em finais de Junho, caso não aconteçam imprevistos”. No local, o edifício do Centro de Interpretação das Ruínas Romanas da Bobadela também já está pronto há vários meses, mas desconhece-se ainda quando é que poderá abrir ao público.
Henrique Barreto