Correio da Beira Serra

Dominado de madrugada fogo em Almeida, num país em que 41,5 por cento dos incêndios com causas conhecidas se devem a mão criminosa

CriançaDominado de madrugada fogo em Almeida, num país em que 41,5 por cento dos incêndios com causas conhecidas se devem a mão criminosa de 13 anos suspeita de ter ateado pelo menos sete fogos na Covilhã

O incêndio no lugar de Senouras/Leomil, concelho de Almeida, distrito da Guarda, que lavrava numa zona de floresta desde as 12h42 de terça-feira, foi dominado às 05h31, indica a página da Protecção Civil Portuguesa. O incêndio estava esta madrugada a ser combatido por 288 bombeiros, apoiados por 79 viaturas.

O incêndio terá consumido uma área de pinhal e mato de cerca de dois mil hectares, segundo o presidente da câmara de Almeida. “Calcula-se que se situe entre 1.500 a 2.000 hectares. Regista-se um elevado prejuízo ambiental, mas não há registo que houvesse grandes prejuízos de bens e as pessoas também não estiveram em perigo”, explicou António Baptista Ribeiro, adiantado que no combate às chamas dois bombeiros e dois sapadores sofreram ferimentos ligeiros e sentiram-se indispostos.

Desde as 00h00 de hoje, a Protecção Civil Portuguesa já registou 15 incêndios, dos quais três continuavam activos antes das 06h00.

A Autoridade Nacional da Protecção Civil registou ontem 118 incêndios. E para hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou os concelhos de Sabugal, no distrito da Guarda, Arganil e Pampilhosa da Serra (em Coimbra) e Oleiros (Castelo Branco) com a classificação de risco máximo de incêndio. Além destes concelhos, também alguns outros pontos dos distritos da Guarda e Castelo Branco, Bragança, Viseu e o concelho de Monchique, no distrito de Faro, apresentam risco elevado, o segundo mais elevado numa escala de cinco níveis.

O Jornal de Notícias, entretanto, avança que a origem dos incêndios florestais surge essencialmente por mãos criminosas. O s incendiários actuam preferencialmente durante a noite. Um terço dos fogos e 41,5 por cento da área ardida nos últimos 13 anos com causas conhecidas devem-se a incendiários, explica aquele diário. Sendo que estes criminosos agem preferencialmente durante a noite, com 39,5 por cento dos fogos a surgirem entre as 20 e as 7h00.

O incendiarismo divide-se em duas categorias. A primeira tem que ver com situações não dolosas como brincadeiras de crianças, irresponsabilidades, tendo custado 531 ocorrências e 5167 hectares ardidos. O segundo grupo, referente a situações dolosas responde por 18060 ocorrências com causas apuradas, prendendo-se a maioria dos casos As queimadas, que significam a queima de combustíveis agrícolas e florestais, são responsáveis por com 42,2 por cento das ocorrências apuradas e 21,1 por cento da área ardida, segundo as listas anuais do Sistema de Gestão de Incêndios Florestais (SGIF). Já o uso do fogo (queima de lixo, fogueiras, fumar, entre outros) é outro dos factores para os incêndios. Esta causa regista 52,6 por cento das ignições e 26 por cento da área ardida.

 

 

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