A INDUBEIRA, uma empresa sediada em Oliveira do Hospital, vai atribuir categorias aos seus colaboradores, passando assim a ser diferenciados. Este foi um dos objectivos conseguidos pelos trabalhadores que vão também usufruir de um aumento de 10 a 40 euros, além da anterior actualização de mais 55 euros do salário mínimo. A INDUBEIRA é uma empresa de fabricação de produtos à base de carne e que opera no mercado nacional e internacional, empregando, actualmente, cerca de 100 trabalhadores.
“Foram criadas três categorias profissionais e agora irá ser realizada uma avaliação até Julho para atribuição das categorias profissionais e para que os aumentos se refltam já no salário de Agosto”, explicou ao CBS o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da agricultura e das indústrias de alimentação, bebidas e tabacos de Portugal Avelino Mesquita, explicando que esta foi uma vitória importante dos trabalhadores, uma vez que “esta empresa se regia simplesmente pelo salário mínimo”.
“Esta é uma mudança significativa porque os trabalhadores passam a ter uma carreira e a possibilidade de progredir e pensamos que a empresa também irá ganhar com um maior empenho dos trabalhadores”, continua Avelino Mesquita. “Os actuais aumentos salariais resultam da reivindicação colectiva dos trabalhadores em voltar a valorizar as distintas competências inerentes a cada função, que estavam congeladas desde que os patrões forçaram a caducidade do contracto colectivo do sector”, sintetiza.
Considerando que este acordo não representa a satisfação total das reivindicações apresentadas, o sindicato considera extremamente importante a distinção salarial entre praticantes, e oficiais de terceira, segunda ou primeira. “Esta é a prova de que, face à acção concertada de ataque à actual contratação colectiva, entre patrões, Governo e UGT, ‘dinamizando-a, por via da perda de direitos, a resposta dos trabalhadores em movimento reivindicativo crescente, continua a ser o método mais eficaz de valorizar o seu trabalho, valorizando assim as suas vidas e das suas famílias”, insiste o sindicato.