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“Entrámos numa fase de crescimento exponencial da epidemia”, mas todos os testes realizados na Guarda deram negativo

A ministra da Saúde,Marta Temido, informou hoje que Portugal está a entrar na “fase de crescimento exponencial da epidemia”, mas realçou que as medidas adoptadas pelo Governo podem mitigar surto de Covid-19. Já no Hospital da Guarda todos os mais de 30 testes realizados para o Covid-19, 14 dos quais realizados desde a tarde de ontem, deram negativo e não existe qualquer infectado internado no hospital.

Esta instituição de saúde, recorde-se, é desde o início do mês uma unidade de referência na região Centro. E, desde então, já realizou mais de três dezenas de despistes do novo coronavírus. O maior número aconteceu mesmo nas últimas 24 horas. Desde a tarde de ontem foram feitos 14 testes. Mas, mais uma vez, não foi detectado nenhum caso positivo, segundo nota oficial da Unidade Local de Saúde. Não há, também, infectados com Covid-19 internados nesta unidade de saúde, residentes na Guarda ou transferidos de concelhos próximos.

Mas a ministra da Saúde acredita que Portugal está a entrar na pior fase da pandemia. “Temos neste momento 169 casos confirmados no nosso país, maioritariamente concentrados na administração central regional de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo. Aquilo que hoje queremos transmitir é que entrámos (…) numa fase de crescimento exponencial da epidemia, alinhada naquilo que estão a enfrentar neste momento outros países europeus”, disse a ministra, adiantando que “daqui por alguns dias” será possível ter reflexos das medidas que estão a ser implementadas em termos de restrição do contacto social, sublinhando que “para isso é muito importante que todos colaborem nessas medidas”. “Isso é mesmo uma prática que é para ser levada a sério”. “É muito importante que todos colaborem e que as pessoas percebam e transmitam que se estamos num momento de contenção e de apelo ao isolamento social é para levar a sério”, disse.

“Estamos a passar de uma fase de tratamento em hospitais, em que todos os casos maioritariamente são internados, para uma fase em que, com o aumento do número de casos, será passado para uma fase de tratamento em casa, em ambulatório, e isso implica uma redefinição de fluxos de tratamentos”, indicou ainda Marta Temido.  Nos próximos dias, revelou, os doentes que contactarem a Linha de saúde 24 e depois o contacto com o estabelecimento de saúde, passam a ter um internamento em casa. Em caso de sintomas muito graves, os doentes irão para hospital, justificando-se apenas o internamento em casos de sintomas de graves. “Nos hospitais, vamos avançar para uma fase em que todos  têm de receber doentes com Covid-19”, fez saber, acrescentando que também os cuidados de saúde primários vão apoiar no tratamento de doentes.

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