E, de repente, o problema deixa de ser a tragédia dos incêndios, nas suas diversas vertentes. Vidas humanas perdidas. Muitas vidas destruídas pela perda dos familiares, muitas. Património. Ambiente. Tudo. Fauna e flora desaparecem em centenas de quilómetros quadrados. À boa maneira Portuguesa discute-se a oportunidade e a forma da intervenção dos políticos, a forma como se fazem as reportagens. Enfim. Esquece-se o essencial em favor do acessório! Será inocentemente?
Fotografias de Bombeiros que, exaustos, dormem no chão correm Mundo.
Soluções para os problemas discutem-se há dezenas de anos.
A minha sugestão é:
Quanto custa e quanto demora montar camaratas em quartéis, pavilhões, onde seja, para os bombeiros descansarem e se recuperarem? Para festas, vejo mais logística e fazem-nas…
Quanto se ganharia com a planificação e gestão da floresta?
Quanto custam em pagamento da Taxa de CO2, lá do acordo de Quioto, os incêndios florestais?
Quantos milhões se gastam anualmente no combate a incêndios?
Para dizer: não seria mais útil e rentável os políticos, enquanto se acotovelam para aparecer na imagem e verem quem nos engana mais e melhor, planearem e decidirem, nos seus gabinetes, como evitar estes flagelos?
O saudoso comandante Medeiros Ferreira ensinava-me: ” A melhor forma de limpar, é não sujar”!
Confesso que me custa compreender este “crime” da (não) gestão da floresta. Não será melhor prevenir que remediar?
Quanto à tragédia, penso que era evitável se o que devia estar feito, estivesse feito. O Verão começa hoje e já estamos assim.
Deus sabe o que vai acontecer até final de Setembro.
O que espero mesmo, nessa estou de acordo com a ministra para quem “agora é tempo de combater”, é o que se vai decidir e fazer a partir de Setembro.
Seria bom que, para o ano, não tivesse que haver tanta critica e lamentação. E que dentro de alguns, poucos, que isto não se resolve da noite para o dia, houvesse uma política florestal nas suas diversas vertentes e no caso a preventiva, o que implica todas as outras.
Entretanto a minha solidariedade e condolências a todos os afectados.
Foto: Expresso