Home - Desporto - “Esta situação de pedir campos de futebol emprestados aos concelhos vizinhos não nos dignifica…”

“Esta situação de pedir campos de futebol emprestados aos concelhos vizinhos não nos dignifica…”

Vereador da coligação PSD/CDS-PP na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital Francisco Rodrigues considera necessário e urgente encontrar uma solução para o FC Oliveira do Hospital passar a jogar no concelho. A CM de Oliveira do Hospital responde que está a estudar três ou quatro localizações para um futuro centro desportivo e Nuno Oliveira avança com possibilidade de se apostar num Centro de Alto Rendimento…

O vereador da coligação PSD/CDS-PP na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital Francisco Rodrigues considera que é necessário encontrar uma solução para que o FC Oliveira do Hospital passe a jogar no concelho. O autarca considera que a situação não pode continuar a ser adiada e defende um projecto que dignifique e faça sentir os oliveirenses orgulhosos. O presidente da autarquia, José Francisco Rolo, explicou que o executivo está a trabalhar no caso e que estão a estudar três ou quatro localizações para implementar aquela infra-estrutura e meios de financiamento. O vice-presidente Nuno Oliveira, por seu lado, defendeu que deveria haver ambição e pensar na possibilidade de se construir um Centro de Alto Rendimento para aproveitar a condições únicas proporcionadas pela Serra da Estrela.

“Mas temos é de encontrar rapidamente uma solução de instalações próprias para o clube [o FC Oliveira do Hospital tem de jogar em Tábua devido à ausência de um relvado natural no concelho oliveirense], para não andarmos aqui com situações de empréstimo. Acho que isso não nos dignifica. De uma vez por todas vamos pensar numa solução de criarmos um complexo desportivo em Oliveira do Hospital”, atirou Francisco Rodrigues, salientando que tem conhecimento de que não há financiamento neste momento para instalações desportivas. “Mas todos sabemos que no início dos programas de apoio os critérios são muito apertados, mas depois começam a ser tolerantes”, frisou.

Francisco Rodrigues sugeriu que no imediato o município se deve “apetrechar com um projecto e uma localização que seja consensual”, que não seja geradora de conflitos. Referiu também que a estrutura poderá ser construída por fazes para diluir os custos ao longo do tempo. Considerou ainda que o investimento previsto para o actual Estádio Municipal vai além do razoável. “Mas a decisão está tomada e não vamos voltar a essa questão. Temos é de pensar que as estruturas que temos não são suficientes para acomodar as mais de duas centenas de jovens que estão formação do futebol. “Não me parece possível que se possa fazer apenas naquele espaço. Ainda por cima com relvado sintético que condiciona o desenvolvimento dos atletas”, disse.

O presidente da autarquia lá foi dizendo que o seu executivo está a trabalhar numa solução, desde o estudo de prováveis localizações, até como definir um plano de financiamento. “A criação do complexo desportivo está nas grandes opções do plano, dos investimentos que aprovamos. É um objectivo que queríamos levar em frente. Já procurámos múltiplas formas de financiar essa operação. Estamos a estudar possibilidades. Temos três ou quatro hipóteses de localização. Estamos a estudar a relação custo benefício”, revelou o autarca, sublinhando que o projecto terá de ser realizado por fases e em parceria com o FC Oliveira do Hospital.

Foi então que o vice-presidente Nuno Oliveira avançou com a ideia de ter mais ambição e avançar-se já para a construção de um Centro de Alto Rendimento. “Porque temos de nos virar só para dentro e não para o exterior. Temos aqui a Serra da Estrela. O espaço podia ser disponibilizado para clubes, selecções para treino em altitude. A Serra da Estrela é uma mais valia que poderíamos aproveitar”, sublinhou.

Francisco Rodrigues aproveitou para lembrar que esse já era um projecto do antigo presidente da autarquia, o social-democrata Carlos Portugal que esteve à frente do município oliveirense entre 1994 e 2002. “Essa era uma das ambições do ex-presidente Carlos Portugal. Infelizmente, nunca conseguiu reunir o financiamento necessário”, concluiu.

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