Então e Oliveira do Hospital? Em Oliveira do Hospital, quando várias vozes se levantaram contra a falta de horizontes revelada na Carta Educativa encomendada pela Câmara Municipal ao professor Lusitano dos Santos, instalou-se o silêncio e a maioria que sustenta o executivo do PSD, optou pelo caminho mais fácil: o remendo. Fazem-se obras de remodelação nos espaços existentes, pinta-se a escolinha, remenda-se o telhado, mas programar o futuro, está quieto. Dá muito trabalho, exige estudo, imaginação e, sobretudo, muito diálogo com a comunidade educativa!
Enquanto que os municípios citados apostam em “equipamentos de topo” – à semelhança do que acontece já há muitos anos na Europa desenvolvida –, Oliveira do Hospital não só compromete o futuro da Educação, como acentua as assimetrias. É que enquanto os alunos dos territórios educativos do Vale do Alva, Cordinha e Lagares da Beira, têm hoje condições de alguma excelência, a cidade continua a “encaixotar” os seus alunos em escolas da tipologia da de Gavinhos de Baixo e em outras do género.
Só quem não anda atento ao desenvolvimento que grassa noutros concelhos e não entende que o mundo está em permanente mudança, é que não percebe também que a actual escola do 1º Ciclo de Ensino Básico da cidade – apesar da tímida remodelação que recentemente sofreu – já pertence ao passado.
Henrique Barreto