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B

em que Oliveira do Hospital poderia ter seguido o exemplo dos municípios de Seia e Cantanhede, que recentemente foram notícia pelo facto de se apoiarem nos apoios financeiros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a área da Educação, com vista à construção de centros educativos que possam constituir espaços virados para as novas exigências educativas.

 

Só em Cantanhede, a Carta Educativa recentemente homologada pelo Governo, prevê a edificação de quatro centros educativos com “equipamentos de topo e condições de excelência para os alunos”; em Seia, o projecto – da autoria do arquitecto Miguel Krippahl – já foi aprovado e a autarquia local vai agora proceder à abertura do concurso para a construção de um novo centro escolar, que concentrará num único edifício os serviços educativos das três escolas básicas do 1º Ciclo e do jardim de infância existentes. A previsão é a de que este centro, que vai ser candidatado aos fundos comunitários, esteja concluído em 2009.

Exemplos

 

Então e Oliveira do Hospital? Em Oliveira do Hospital, quando várias vozes se levantaram contra a falta de horizontes revelada na Carta Educativa encomendada pela Câmara Municipal ao professor Lusitano dos Santos, instalou-se o silêncio e a maioria que sustenta o executivo do PSD, optou pelo caminho mais fácil: o remendo. Fazem-se obras de remodelação nos espaços existentes, pinta-se a escolinha, remenda-se o telhado, mas programar o futuro, está quieto. Dá muito trabalho, exige estudo, imaginação e, sobretudo, muito diálogo com a comunidade educativa!

Enquanto que os municípios citados apostam em “equipamentos de topo” – à semelhança do que acontece já há muitos anos na Europa desenvolvida –, Oliveira do Hospital não só compromete o futuro da Educação, como acentua as assimetrias. É que enquanto os alunos dos territórios educativos do Vale do Alva, Cordinha e Lagares da Beira, têm hoje condições de alguma excelência, a cidade continua a “encaixotar” os seus alunos em escolas da tipologia da de Gavinhos de Baixo e em outras do género.

Só quem não anda atento ao desenvolvimento que grassa noutros concelhos e não entende que o mundo está em permanente mudança, é que não percebe também que a actual escola do 1º Ciclo de Ensino Básico da cidade – apesar da tímida remodelação que recentemente sofreu – já pertence ao passado.

Henrique Barreto

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