O presidente da Junta de Freguesia de Meruge, Oliveira do Hospital, não consegue quantificar o número de participantes na 12ª edição da Feira do Porco e do Enchido, organizada por aquela autarquia e pela Associação de Desenvolvimento do Vale do Cobral. Aníbal Correia diz apenas que o evento já tem uma dimensão tal que não é possível quantificar o número de pessoas que passaram pela localidade. Não esconde, porém, que este ano, “com a ajuda de S. Pedro”, o evento superou as expectativas. Contou com uma enorme moldura humana que provou a gastronomia local, deliciou-se com os licores, as crianças passearam de burro e assistiram aos vários eventos musicais e de teatro.
“Teve um ambiente acolhedor e muita gente mesmo. Esta feira está num patamar muito elevado e é difícil dizer se foi ou não melhor que as anteriores. Mas foi possível ver por aqui muitas caras novas, o que só por si significa que estamos a captar mais visitantes de fora”, conta Aníbal Correia, que viu o evento passar a contar com uma mascote. Trata-se um porquinho cor-de-rosa que foi baptizada pelo público como “Bolota”.
A multidão teve oportunidade de provar o que de melhor existe na gastronomia regional, que se encontrava distribuída por uma centena de expositores. “É particularmente interessante esta espécie de regresso no tempo. A possibilidade de provar esta gastronomia também é muito gratificante”, contou ao CBS Aaron Vansant, um belga de 26 anos, residente em Tábua, e que promete voltar nas próximas edições. Uma opinião partilhada por Daniel Martins, também de 26 anos, e residente em Meruge, acrescentando que sente um grande orgulho na iniciativa e como comerciante local não esconde que o evento dá uma lufada de ar fresco ao negócio. “Nota-se bem a diferença. Este é um dia que arrasta várias centenas de pessoas à nossa terra e dá a conhecer o nome de Meruge ao país”, sublinha.
Tal como tinha sido prometido pela organização, uma das grandes atracções foi a actuação dos FanfarraKaústica, um grupo de metais que os responsáveis do evento tinham anunciado como do melhor que existe do género no país. Uma actividade de teatro interactiva, na Lage Grande, com o público, também mereceu um destaque especial, com largas centenas de pessoas a assistir, num dia em que o grupo de teatro Viv’Arte relembrou as aventuras de João Brandão.