O Rali de Portugal de 2024, realizado entre 9 e 12 de Maio, teve um impacto económico estimado de 183,3 milhões de euros, um aumento de 18,6 milhões (11,29 por cento) face a 2023, segundo um estudo promovido pela Universidade do Algarve. A prova, organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) e integrante do Campeonato Mundial de Ralis (WRC), decorreu em 14 municípios das regiões Norte e Centro.
O estudo indica que o evento gerou 93,67 milhões de euros em despesa directa, provenientes dos adeptos, equipas e organização. Destes gastos, 36 por cento foram realizados por visitantes estrangeiros, sendo que 25 por cento visitavam o país pela primeira vez.
Ao longo dos quatro dias, o rali atraiu 1,2 milhões de assistências e contribuiu para um aumento na estadia média dos turistas: 2,9 noites no total, com os estrangeiros a registarem uma média de 3,2 noites – valores superiores às médias habituais das regiões Norte (1,9 noites) e Centro (1,8 noites).
O evento também gerou uma receita fiscal de 22,6 milhões de euros e obteve uma forte cobertura mediática, com 873 horas e 15 minutos de transmissão televisiva, das quais 90 por cento em directo, em mais de 100 países. Entre os mercados estrangeiros mais impactados destacam-se Japão, Finlândia, Espanha, Itália, Reino Unido e Indonésia, além de novos mercados emergentes como Turquia, Taiwan e Chile.
A percepção da imagem de Portugal através das regiões envolvidas foi amplamente positiva, com 94,8 por cento dos visitantes nacionais e 96,9 por cento dos estrangeiros a classificarem-na como “boa” ou “muito boa”. O estudo sublinha que os visitantes descreveram o destino como “bonito, verde, acolhedor”, destacando a natureza e a gastronomia.
Quanto à organização do rali, os inquiridos utilizaram palavras como “espectacular”, “organizado”, “adrenalina”, “emoção” e “convívio”, sendo que 66 por cento manifestaram intenção de regressar no Inverno.
Edição de 2025 com novas especiais na região Centro
A 58.ª edição do WRC Vodafone Rally de Portugal decorrerá entre 15 e 18 de Maio de 2025 e contará com a estreia de duas novas especiais na região Centro: Águeda/Sever do Vouga e Sever do Vouga/Albergaria. A base operacional da prova mantém-se na Exponor, em Matosinhos, segundo um texto assinado pelo presidente da Comissão Organizadora, Carlos Barbosa.
O evento arrancará a 15 de Maio com o shakedown em Baltar, Paredes, seguindo depois para Coimbra, onde terá lugar a partida oficial. Ao fim do dia, as viaturas disputarão a Super Especial Urbana na Figueira da Foz.
No dia 16 de Maio, sexta-feira, os pilotos enfrentarão uma dupla passagem nos troços da Lousã, Góis, Arganil e Mortágua, a que se juntam as novas especiais Águeda/Sever do Vouga e Sever do Vouga/Albergaria.
Sábado, 17 de Maio, marcará o regresso do rali a Vieira do Minho, seguido de duplas passagens em Cabeceiras de Basto e Amarante. O dia termina com a tradicional festa no Eurocircuito de Costilha, em Lousada.
A competição encerrará no domingo, 18 de Maio, com as passagens pelos troços de Paredes, Felgueiras e Fafe, onde a última passagem servirá de Powerstage, determinando a classificação final da prova.