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Após o seu “calvário” nesta Terra, Jorge Mario Bergoglio morreu enquanto era Papa Francisco. Portanto, para Mario Bergoglio “consummatum est” (acabou) que terá sido a última exclamação de Cristo pregado na cruz, isto caso Jesus se exprimisse em latim num momento desses o que não é nada provável…
Mais terrenamente, chegou o momento de Jorge Mario Bergoglio, o homem, se ter ido reunir a Deus. Fica-nos o Papa Francisco com o seu exemplo e a sua obra. Foi um Apóstolo na modernidade, considero.
Nesse contexto, não fugiu a enfrentar algumas das grandes questões da actualidade. Destaco a luta pela Paz e em defesa do ambiente. E saliento a sua especial inclinação, mesmo vocação, com que deu prioridade aos pobres e aos mais desprotegidos e, por isso, também criticou expressamente (embora sem os nomear) os poderosos que esquecem os mais inocentes. “Todas as vidas são preciosas !” – vincou ele na sua derradeira comunicação pública no Domingo de Páscoa (dia 20 de Abril) afinal menos de um dia antes da sua morte. Como também não deixou de aí apelar, mais uma vez, para que as armas se calem na martirizada Gaza e em todo o Mundo. E, logo de seguida, fez questão em percorrer a sua derradeira “Via Sacra” por entre a multidão anónima, na Praça de S. Pedro, em autêntica despedida. Premonitório.
Foi um Papa que pontificou “urbi et orbi” (para a cidade e para o mundo) e que assumiu críticas expressas à produção de armamentos e às guerras. Também por isso, era criticado, e difamado, pelos maiores apologistas das guerras, provenientes de todos os credos e simpatias políticas.
Especificamente, com a sua empatia, a sua simplicidade consciente, o seu sorriso genuíno em que alcançava “todos, todos, todos”, conseguiu lavar a cara da hierarquia da Igreja Católica atolada que a encontrou em conhecidos escândalos. Foi obra !…
Sim, foi um Papa que pontificou muito para além dos Católicos e da “sua” Igreja Católica.
E assim me levou, a mim por exemplo, a “curtir” a sua Pessoa e a sua mensagem humanista. Até sempre, Francisco !
E agora, espero que o “Colégio Cardinalício” e seus “Cardeais Eleitores” que em breve se vão reunir em Roma, se deixem imbuir pelo Espírito Santo em que certamente acreditam, e escolham/elejam alguém para Papa que continue e aprofunde a obra de Francisco…entre todos os Homens e Mulheres “de boa vontade” !
21 de Abril de 2025
Autor: João Dinis, Jano
