A freguesia de Lourosa prepara-se para assinalar uma imponente data religiosa e histórica, o Jubileu. Trata-se da comemoração dos 1100 anos da igreja matriz da localidade, Igreja de S. Pedro, de estilo moçárabe, classificada Monumento Nacional em 1916, e cuja construção remonta ao ano longínquo de 912.
“Pretendemos que todos os munícipes e visitantes da região, do país e do mundo visitem a Igreja Moçárabe no ano em que se comemoram os seus 1100 anos”, afirmou a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ao correiodabeiraserra.com que, assim, pretende que o monumento religioso e histórico da freguesia “fique mais conhecido”.
Pese embora a dimensão das comemorações e objetivos de promoção do monumento e da freguesia que lhe estão inerentes, a milenar construção religiosa e área evolvente não escapam à degradação imposta pelo passar dos anos.
À espera de “linha de financiamento”…
Uma realidade que é confirmada a este diário digital pela responsável municipal da Cultura, que explica o atraso da necessária requalificação com a falta de verbas.
Graça Silva garante que há vontade para que a igreja seja conservada e o espaço envolvente seja dignificado, mas que continua a não existir uma “linha de financiamento” a que o município possa recorrer, para suportar os trabalhos na ordem de 170 mil Euros, previstos na primeira fase do projeto herdado do anterior executivo, considerado “relevante” pela direção regional da Cultura e que reporta diretamente à requalificação do espaço público e melhoria das infra-estruturas do centro histórico de Lourosa.
“O objetivo é dignificar a igreja e a localidade de Lourosa”, adiantou Graça Silva, garantindo que o município tem vindo a efetuar diversas diligências no sentido de conseguir financiamento para os trabalhos.
De acordo com a vereadora responsável, o objetivo da autarquia era avançar com a requalificação de modo a que os trabalhos estivessem concluídos a tempo do arranque das comemorações.
Um propósito que não chega a ser alcançado, mas que a Câmara Municipal conta compensar com uma intervenção ligeira, no espaço envolvente à Igreja Moçárabe, no sentido de o “dignificar”. “Não vamos abrir as comemorações com o espaço tal como está”, assegurou.