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MAAVIM acusa Ana Abrunhosa de ter discriminado mulheres e imigrantes nos apoios às vítimas dos incêndios de Outubro de 2017

O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas do Incêndio de Midões teceu fortes críticas à ainda ministra da Coesão Territorial e ex-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR-C) que abandonou um debate em Coimbra, alegando não estar disponível para “participar discursos xenófobos”, isto depois do cabeça de lista por Coimbra do partido Chega, António Pinto Pereira, ter mencionado os imigrantes e as mulheres como “camadas frágeis da sociedade”. O MAAVIM acusa Ana Abrunhosa, agora cabeça de lista socialista pelo círculo eleitoral do distrito de Coimbra, de mostrar uma sensibilidade excessiva que não teve em 2017 quando, na qualidade de líder da CCDR-C, recusou o acesso à habitação a dezenas de famílias vítimas dos incêndios. O movimento culpa mesmo Ana Abrunhosa de ter discriminado, nessa altura, fundamentalmente, mulheres e imigrantes.

“Não podemos deixar passar em claro esta posição de uma senhora que discriminou as mulheres e as pessoas vulneráveis dos Incêndios de Outubro de 2017, quando era a sua obrigação ajudar. Não podemos ficar indiferentes. Após os trágicos incêndios de Outubro de 2017, convidámos todos os partidos portugueses, identificámos centenas de casos de famílias que precisavam de ajuda, em especial da sua habitação principal, e nessa altura a responsável pela tutela era Ana Abrunhosa, presidente da CCDR-C. A mesma que chumbou acesso a habitação a dezenas de famílias, maioritariamente mulheres e crianças com o falso pressuposto de que era impossível ajudar, quando todos verificámos depois no terreno diversos apoios à habitação que eram inelegíveis, como no caso de Ázere, Felgueira Velha, Sandomil ou outros espalhados pelo território”, refere o comunicado da MAAVIM assinado pelo seu porta-voz Nuno Pereira e com o título: Mulheres e imigrantes “Queimados” por Ana Abrunhosa.

“Famílias inteiras”, continua a missiva, “a quem a candidata pelo Partido Socialista chumbou o direito ao apoio à habitação, sendo literalmente ‘queimados’ dos processos de apoio por diversos motivos, os quais não aceitamos”. “Primeiramente, a desculpa eram os deputados da Assembleia da República que não davam seguimento aos apoios, depois era o visto do Tribunal de Contas, mas a verdade é que foram feitas algumas habitações por pressão da opinião publica e outras, por interesses que desconhecemos, nas quais ninguém habitava antes de Outubro de 2017”.

“Expliquem às famílias do senhor Valdemar, António Regadas, Nico, Kenny, Alexandre, do Rui, da Luka, Storm, Gaynor, Aislinn, Ana Furaca, entre muitas outras. São maioritariamente famílias com mulheres, crianças, idosos e imigrantes. Se alguém foi descriminado foram eles que tinham de ser obrigatoriamente ajudados”, conta. “Independentemente do partido e das desculpas que venha a dar, continuaremos a defender os lesados de Outubro de 2017 e a denunciar quem tinha o dever de ajudar e não o fez”, enfatiza.

A MAAVIM, segundo o seu porta-voz, diz esperar que o novo governo que venha a sair das eleições de 10 de Março resolva “este problema da falta de apoios que já vai para o sétimo ano”. “Continuamos abandonados. Quem tinha, não tem e quem não tinha, tem. Nós não somos culpados, somos vítimas”, conclui.

O comunicado do Maavim tem anexados documentos que dizem ser comprovativos dos processos de decisão de diversos casos de habitações. “No concelho de Tábua temos dois casos com decisões diferentes. O do Sr. Valdemar que foi rejeitado por Ana Abrunhosa, conforme podemos comprovar nos documentos, após ter sido aceite e ter avançado para adjudicação e depois de terem sido gastos 64.067,36 euros segundo a CCDR-C, mas que no terreno apenas ficou um buraco com algumas pedras. Já o outro caso também na freguesia de Ázere é o da habitação de José Teixeira, fervoroso  militante do Partido Socialista que viu a sua habitação apoiada após documentos da Junta de Freguesia local a atestar que era ali a sua residência, mesmo tendo a sua morada fiscal em Aveiro e estar pouco tempo no seu terreno, como comprovaram  alguns populares, ao referirem nunca ter tido nenhuma habitação a não ser uma roulotte”, referem, rematando que alguns destes casos são alvo de processos que correm em Tribunal.

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