O Presidente da Câmara de Mangualde, Marco Almeida, anunciou a adesão do município à BiblioLED, a Biblioteca Pública de Leitura e Empréstimo Digital. A iniciativa, implementada através da Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, insere-se numa tendência crescente de digitalização dos serviços públicos e promete alargar o acesso a livros digitais e audiolivros, sem custos para os utilizadores.
A decisão de integrar este projecto surge num momento em que o conceito de biblioteca tradicional enfrenta desafios significativos. A progressiva digitalização da leitura e a concorrência de novos formatos impõem uma adaptação das bibliotecas, sob pena de perderem relevância. A BiblioLED, ao combinar tecnologia e gratuitidade, responde a essa necessidade, procurando atrair leitores habituais e novos públicos.
“Este é mais um serviço disponibilizado pela nossa biblioteca municipal, que integra a Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (RNBP), com o objectivo de fomentar hábitos de leitura, incentivar a literacia digital e facilitar o acesso gratuito, em complemento com o serviço presencial”, sublinha Marco Almeida.
A plataforma disponibiliza um catálogo inicial de 1 500 títulos, actualizados trimestralmente, e 25 colecções regionais específicas para utilizadores das Redes Intermunicipais e Metropolitanas. A aposta recai sobretudo em obras de ficção e não ficção em português, disponíveis em formato digital e de audiolivro.
O acesso à BiblioLED é simples: basta estar inscrito na biblioteca municipal e utilizar um telemóvel, tablet (através da aplicação móvel), computador ou dispositivo de leitura digital compatível. A Biblioteca Dr. Alexandre Alves, que conta com cerca de cinco mil leitores registados e registou, no último ano, mais de 25 mil entradas nas salas de leitura, vê nesta adesão uma forma de modernizar os serviços e ampliar o seu alcance.
“Temos vindo a fazer um caminho de modernização e inclusão, pelo que estamos certos de que a adesão a este serviço é uma excelente aposta que irá, certamente, contar com muitos utilizadores”, reforça Marco Almeida.
O projecto, lançado esta semana, insere-se na estratégia nacional de digitalização e modernização das bibliotecas públicas, sendo financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. Mais do que uma ferramenta tecnológica, a BiblioLED, segundo a autarquia, poderá representar um passo concreto na democratização do acesso ao livro e na adaptação das bibliotecas a um novo paradigma de leitura.