A Alma d’Ervedeiro nasce na Pampilhosa da Serra com a ambição de reinventar o uso do medronho. “Queríamos levar o medronho para lá da aguardente”, afirma o fundador Hugo de Macedo Frizado.
Na Pampilhosa da Serra, uma nova marca está a transformar o modo como o medronho é percepcionado e consumido em Portugal. Chama-se Alma d’Ervedeiro e é a responsável pela criação do primeiro queijo com medronho do país. A aposta na inovação e na valorização dos produtos regionais faz desta empresa um novo exemplo de empreendedorismo assente na identidade local.
A marca, fundada por Hugo de Macedo Frizado, surge com o objectivo de explorar novas possibilidades para o medronho — fruto tradicionalmente associado à produção de aguardente —, dando origem a uma linha de produtos artesanais que inclui gin, licor e agora queijo. Entre as novidades, destacam-se dois queijos curados de vaca: um com medronho e outro que combina medronho e malagueta.
“O medronho tem um potencial enorme, mas durante muito tempo foi associado quase exclusivamente à aguardente. Queríamos levar o medronho para lá da aguardente e mostrar que pode ser base para outros produtos com qualidade e autenticidade”, afirma o fundador.
Segundo a marca, este é o primeiro queijo português produzido com medronho. A criação, segundo Hugo de Macedo Frizado, pretende afirmar o fruto como um ingrediente “nobre e versátil”, com capacidade para integrar propostas inovadoras sem perder ligação ao território.
A iniciativa tem também um impacto no tecido económico local. A cultura do medronho é relevante na região da Pampilhosa da Serra, tanto pela sua presença natural como pelas iniciativas que procuram dinamizar o seu aproveitamento, como o Encontro do Medronho e do Medronheiro, evento que se realiza anualmente no concelho.
Os produtos da Alma d’Ervedeiro já estão disponíveis para compra através do site da marca, com uma estratégia focada na venda em pontos seleccionados e na divulgação nacional. A aposta está centrada num público que valoriza produtos artesanais e regionais com identidade.
Com esta nova linha, a marca pretende contribuir para a diversificação do uso do medronho e reforçar o posicionamento da região enquanto produtora de bens de valor acrescentado. “Acreditamos que o queijo com medronho é um verdadeiro pioneiro. Não encontrámos registo de nada semelhante e estamos muito entusiasmados com a reacção das pessoas”, conclui o fHugo de Macedo Frizado.