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O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital manifestou-se, dia 4 de Dezembro, contra a construção de mais lares de idosos no concelho de Oliveira do Hospital.

Mário Alves pede “calma” no que toca à construção de novos lares de idosos no concelho

Imagem vazia padrão“Lares, calma”, sustentou Mário Alves na última reunião publica do executivo, no momento em que se apreciava o recente apoio da Segurança Social aos lares de idosos de Aldeia das Dez e Ervedal da Beira e o vereador José Francisco Rolo se batia pela necessidade de o município avançar com a realização da Carta Social. O assunto de cariz social foi levado à reunião camarária pela mão do vereador socialista José Ribeiro de Almeida, que se congratulou pela inauguração do lar de Aldeia das Dez, aproveitando para lamentar que o Centro Distrital da Segurança Social de Coimbra “apenas apoie seis dos 30 lugares daquela obra”. Uma apreciação a que o presidente da Câmara Municipal deu resposta, posicionando-se do mesmo lado do director distrital da Segurança Social, Mário Ruivo: “os orçamentos não são elásticos e não é fácil articular estas coisas”. Mário Alves sublinhou, por isso, que “mais do que nunca é importante que as instituições concelhias avancem para as obras com uma certa segurança”, explicando que “existe uma Rede Social, onde são definidas as necessidades”. “Importa garantir financiamento para as obras, para depois se garantirem os acordos de cooperação”, acrescentou Mário Alves, porque – como explicou – “ao se avançar sem financiamento, as instituições estão a herdar o segundo problema: os acordos”. Sem essas garantias, o presidente da autarquia teme que as instituições “vivam anos de alguma instabilidade financeira”. Tomou o exemplo dos lares de Aldeia das Dez e Ervedal da Beira, para os quais a Segurança Social só assinou seis e 12 acordos de cooperação, respectivamente. Na sua opinião, o ideal era que a Segurança Social garantisse acordos de cooperação para metade da ocupação total de cada um.

O vereador José Francisco Rolo partilhou da opinião de Ribeiro de Almeida, louvando “todas as iniciativas socais concretizadas em todo o concelho”, mas também realçou os apoios que o Estado tem dado às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho, notando que nalgumas freguesias – Lagares da Beira e Penalva de Alva, por exemplo – há até duas IPSS apoiadas pela Segurança Social. Acabou por sugerir o reforço de cooperação e de esforços entre instituições, bem como um olhar atento sobre a informação constante na Rede Social, como forma de se definirem prioridades. “Esta é que deve ser a boa prática e a atitude correcta”, frisou o vereador, aproveitando para propor ao executivo a realização da Carta Social do município.

“Já estou esclarecido sobre a não necessidade da Carta Social”
“Está errado. Essa obsessão com a Carta é um erro”, afirmou Mário Alves, adiantando que já se informou sobre o assunto com “gente credenciada” e a conclusão a que chegou é que “na prática, a Carta Social vai traduzir o mesmo que consta da planificação da rede”. Adiantou que a autarquia está a trabalhar – na fase de diagnóstico – no novo Plano de Desenvolvimento Social concelhio – o actual já caducou em Junho passado – e que o que lhe parece “óbvio” é que “em Oliveira do Hospital: Lares, calma!”. “Temos lar em Ervedal, Lagares, Travanca, Bobadela, FAAD, Serafim Marques, Santa Ovaia, Santa Casa da Misericórdia, dois em Avô, Aldeia das Dez, Senhor das Almas e Alvôco”, enumerou Mário Alves, reiterando que “é preciso ter calma”.

Rolo bateu-se em defesa da Carta Social, enquanto elemento de um conjunto de três passos que considera importantes em matéria de Acção Social: constituição de Comissões Sociais de Freguesia, Plano de Desenvolvimento Social e Carta Social. Dos três, Rolo apenas tem indicação do andamento do Plano de Desenvolvimento Social, porque o presidente da autarquia rejeita quaisquer indicações do vereador sobre Rede Social de Freguesias e Carta Social.

Mas, nem por isso, o eleito socialista deixa de esgrimir argumentos em defesa da Carta Social, por considerar tratar-se de um instrumento da Rede Social. Pegou no exemplo das candidaturas ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), que pelo seu número – cerca de nove – entende que “alguém perdeu o controlo das prioridades da rede”. Uma situação que Mário Alves disse não poder controlar, porque as IPSS são livres de avançarem com as candidaturas que quiserem. Rolo revelou-se adepto do “planeamento e da programação”, ao que o presidente da Câmara respondeu:”se alguém gosta de planificar sou eu”. Mas, rematou: “Eu já estou esclarecido sobre a não necessidade da Carta Social”.

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