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“Meruge conseguiu construir uma marca”

Uma verdadeira enchente marcou hoje presença na Feira do Porco e do Enchido de Meruge. Na 10ª edição, o certame voltou a ser palco de passagem obrigatória, reforçando a importância que a Feira tem vindo a ganhar nos últimos anos no panorama regional.

Em causa está um evento responsável por atrair milhares e milhares de pessoas à freguesia que, há 10 anos, pensou o certame para homenagear os comerciantes de carne de porco e enchidos e revitalizar uma atividade que, em Meruge – “terra de porqueiros” -, corria sérios riscos de vir a desaparecer.

Propósitos que, de ano para ano, têm vindo a ser conseguidos no âmbito de uma feira que, para além de levar longe o nome da freguesia e do concelho, tem servido de estímulo a vários jovens que já decidiram abraçar a atividade. Uma tarefa facilitada por via da empresa de inserção social da Associação de Desenvolvimento Social e Cultural do Vale do Cobral que tem contribuído para a formação de jovens no âmbito dos enchidos, alguns dos quais criaram postos de trabalho naquela área.

“A atividade continua a ter um peso significativo na freguesia”, referiu o presidente da Junta de Freguesia de Meruge que, encara a Feira do Porco de Meruge como uma “aposta ganha” quer na revitalização da atividade, quer na promoção da freguesia. “É um evento que tem a sua marca a nível regional”, considera Aníbal Correia que ainda no decorrer da 10 ª edição já dá como certa a realização do certame em 2013. “A região perdia muito se deixássemos cair esta feira”, verifica.

Rentabilizar os melhores eventos…

Uma importância partilhada pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que não hesita em colocar o certame entre os principais eventos concelhios. “A seguir à Feira do Queijo e à EXPOH este é o certame que devemos apoiar mais, tal como já fazemos”, afirmou José Carlos Alexandrino, certo de que “Meruge conseguiu construir uma marca”.

Uma marca que – entende o autarca – merece “maior visibilidade”, até no domínio dos meios de comunicação social nacionais. “Se conseguirmos parcerias de publicidade, podemos torná-la maior”, entende Alexandrino que no percurso de 10 anos já trilhado pelo certame, regista o “esforço financeiro” da Junta de Freguesia para não deixar cair o evento.

Em causa está um certame que o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital pretende continuar a apoiar, no sentido de lhe dar maior dimensão. “Oliveira do Hospital deve ter noção clara do que quer e o que nós queremos é promover o que o concelho tem de melhor”, afirmou Alexandrino, desvalorizando assim as críticas de que a Câmara “gasta dinheiro mal gasto”. Pelo contrário, o autarca entende que o município deve ser até mais ambicioso e apostar nos eventos de “marca” do concelho.

Neste domínio, Alexandrino entende que é preciso ter “coragem” para selecionar os eventos mais significativos. “O concelho deve ficar com menos eventos, mas rentabilizá-los”, defende o presidente da Câmara Municipal.

Em face de uma feira que, ano após ano, tem merecido a confiança e apoio da ADIBER , José Carlos Alexandrino destacou assim o “sucesso” do certame que, no seu entendimento, vem dar provas da importância que as Juntas de Freguesia têm junto das suas comunidades. “Estes milhares de pessoas demonstram que se a Junta não existisse esta feira não estaria aqui”, constata o autarca que se recusa a aceitar a proposta da Unidade Técnica de agregação de cinco freguesias do concelho.

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