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Migas de Travancinha voltaram a reconfortar estômago dos visitantes daquela aldeia beirã

Pelo Natal muitas localidades demonstram aquilo que têm de melhor. Travancinha, uma freguesia do Concelho de Seia, na Serra da Estrela, por exemplo, acolheu hoje a terceira edição do Festival de Migas locais, um evento que decorre todos os segundos fins-de-semana de Dezembro e onde brilham as couves de Natal e o azeite novo. O acontecimento é promovido pelo Grupo de Amigos das Migas daquela aldeia beirã, realizando um jantar único que reconforta o estômago das muitas dezenas de convivas que se deslocaram a Travancinha para apreciar este manjar “que só pode ser confeccionado em Dezembro e Janeiro”, devido à limitação temporal de dois dos ingredientes fundamentais na sua preparação: as couves de Natal, que apenas existem nestes dois meses, e o azeite novo.

O sabor das Migas de Travancinha é de tal maneira diferenciado que tem conquistado fama a nível regional e nacional. De tal forma que os responsáveis pelo evento estão a procurar registar a marca para poderem criar a confraria das Migas de Travancinha. “Para o ano se tudo correr bem já teremos tudo devidamente legalizado”, conta José Simões, de 43 anos, um dos elementos do Grupo de Amigos das Migas de Travancinha, um petisco que hoje absorveu mais de 40 quilos de bacalhau, muito azeite (outro ingrediente que faz a diferença), batata, pão de trigo e broa de milho, além de um toque de malagueta e muito, mas muito alho. Tudo cozido “num número generoso de panelas de ferro à volta de uma fogueira”. “Fica uma pasta consistente, homogénea e muito, muito saborosa”, repete José Simões.

Mas o que distingue as migas de Travancinha de todas as restantes? “São diferentes. Há muitas migas, mas como as de Travancinha só existas as quer são feitas aqui. Há um segredo que obviamente não vamos revelar”, remate entre risos. Para o ano, assegura, vai ser ainda melhor. “A experiência ajuda-nos a dar outra dinâmica ao evento”, conclui José Simões que como ele diz, vá-se lá saber porquê, e também muito conhecido por Pinga. A refeição, além do vinho e da aguardente, tem também um café exótico feito de forma única numa panela de ferro ao lume.

 

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