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Emagrecer ou Mudar de vida? Autor: Luís Marques

Militar por um canudo. Autor: Luís Granjo

Longe vão os tempos em que estudar era uma obrigação divina na educação de qualquer jovem. Ou sabia e seguia o seu percurso académico, ou não sabia e “ficava pelo caminho”. Nestes tempos aplicava-se a expressão, “não estudas vais para as obras”, e quem dizia obras, dizia fábricas ou um qualquer outro serviço que não o de Professor, Engenheiro, Médico, Enfermeiro, Arquitecto, Contabilista, etc…uma profissão pós Bacharelato ou Licenciatura, algo que qualquer estudante ambicionava empenhando-se nas médias do ensino secundário e nos exames de acesso ao ensino superior.

Vinculada a este contexto de sucesso académico sempre esteve a Educação Física, a disciplina que promovia uma mente sâ num corpo são (mens sana in corpore sano), eram tempos em que a capacidade intelectual era estimulada, potenciada, suportada pela capacidade motora.

Uma das vias para os que “ficavam pelo caminho”, ou para quem nem sequer o tentou percorrer, era a carreira militar, a quem a minha geração fugia a sete pés! Era raro encontrar-se alguém que vislumbra-se o seu futuro via carreira militar, a dureza a si associada desmotivava qualquer um.

Tudo mudou!!!!! Tudo

Nos nossos dias todo e qualquer jovem tem acesso ao ensino, sendo este obrigatório até ao 12º ano, ajudado até à Licenciatura e promovido até ao Mestrado. Suportado por uma burocracia desorientada, que justifica de todas as formas e feitios o insucesso escolar, criando todas as formas de o combater/solucionar, ambicionando igualdade intelectual. Como que seja possível fazer de alguém aquilo que ela não consegue ser. Todos diferentes, todos iguais, certo? Não desvalorizo ninguém, apenas respeito. O padeiro é tão importante, socialmente, como o médico, mas ambos percorreram exigências formativas diferentes.

Claro que este facilitismo alterou a forma como os jovens vêem o futuro.

Nas últimas 4 semanas fui solicitado por alguns pais de forma a orientar o treino dos seus filhos, com o intuito de realizarem as provas físicas de acesso à Marinha, Exército, PSP, etc…contexto este para manter durante o próximo ano!!!!!! A Educação Física, o subir às árvores, o saltar os muros, o jogar à bola, o brincar não deveriam chegar para poderem realizar essas provas?

Julgo que a procura pela actividade física é benéfica, mas o problema está no porquê.

A ideia é conseguir potenciar as capacidades intelectuais através das capacidades motoras, aderindo ao contexto militar, através de testes físicos, para poder aceder às escolas militares, onde o ensino é de igual qualidade e de menor exigência devido ao menor número de jovens que o acedem.

As poucas horas dadas à disciplina da Educação Física (apenas 2h15m de Educação Física escolar), a diminuição de horas do Desporto Escolar (2h para quem se inscreve!) e a não contabilização da nota da Educação Física para as médias do Ensino Secundário que definem a média de acesso ao Ensino Superior em conjunto com os valores dos exames do Ensino Secundário, determinam estes comportamentos desajustados para jovens que não conseguem perceber a necessidade de estarem na passadeira a correr durante 12 minutos!

É o sistema!

É a minha opinião.

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