O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, foi incumbido “de apresentar no prazo de três meses um plano de acção para a floresta”, com “uma estratégia” para “valorizar a floresta”, disse hoje o ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, no final da reunião do Conselho de Ministros. De acordo com o governante, o objectivo é “valorizar os produtos florestais, dar rendimento aos produtores florestais”, pois é convicção do executivo de que é “por aí que passa o combate aos incêndios”.
“Se a floresta for rentável, se der rendimento aos seus produtores, a quem nela trabalha, eles não a vão deixar arder, pelo contrário, se a floresta não for rentável, ela acabará por arder, ou em grandes incêndios, ou em pequenos incêndios, ou hoje ou amanhã ou no ano que vem. O segredo estará em dar valor à floresta”, frisou.
O ministro admitiu que tudo isso “não é uma coisa que se faça em três meses”, mas nesse prazo terá de haver “um plano de acção, devidamente calendarizado, com metas, com resultados, com objectivos a atingir”, bem como “os meios financeiros que são necessários” e a sua origem.
“Com um cronograma e um calendário adequado para ver se é possível que, daqui a alguns anos, não estejamos permanentemente a sofrer incêndios como aqueles que temos sofrido”, acrescentou.