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Ministros do CDS demitem-se hoje

Depois da demissão, ontem, de Paulo Portas, hoje a ministra Assunção Cristas e o ministro Pedro Mota Soares vão também apresentar as suas cartas para sair do Governo.

A comissão executiva do CDS-PP reúne-se hoje, um dia depois de Paulo Portas ter apresentado a sua demissão ao primeiro-ministro, que, no entanto, recusou propor, para já, a exoneração ao Presidente da República.

O mais certo é que os ministros do CDS-PP apresentem hoje a sua demissão após a reunião da Comissão Política. Paulo Portas deve explicar-se durante o dia, já após os pedidos de saída de Assunção Cristas e de Pedro Mota Soares. Devem seguir-se os secretários de Estado. O primeiro-ministro estará na Alemanha.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, apresentou ontem o seu pedido de demissão ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. Em comunicado, emitido a meio da tarde, Paulo Portas referiu que a decisão é “irrevogável” e justificou-a com a discordância na escolha de Maria Luís Albuquerque para a pasta das Finanças, depois da saída de Vitor Gaspar, na segunda-feira.

“A escolha feita pelo primeiro-ministro teria, por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual.(…) Expressei, atempadamente, este ponto de vista ao primeiro-ministro que, ainda assim, confirmou a sua escolha [de Maria Luís Albuquerque]. Em consequência, e tendo em atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no Governo seria um ato de dissimulação. Não é politicamente sustentável, nem é pessoalmente exigível”, afirmou Paulo Portas.

Na sequência desta demissão, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, fez uma declaração ao país às 20h00, na qual garantiu que não se demite e onde disse ter recebido com surpresa o pedido de demissão de Paulo Portas.

“Não me demito. Não abandono o meu país. Abraço, como sempre abracei, o serviço ao meu país com a mesma dedicação e com a mesma esperança”, afirmou Passos Coelho, numa declaração feita na residência oficial de São Bento, em Lisboa.

Passos Coelho disse ainda que “seria precipitado aceitar o pedido de demissão” de Paulo Portas, pelo que não propôs a exoneração ao Presidente da República do ministro dos Negócios Estrangeiros, adiantando que “nas próximas horas” vai procurar “junto do CDS-PP clarificar e garantir todas as condições de estabilidade para o Governo e para o país”.

dn.pt

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