Home - Politica - “Não podemos anunciar cortes sempre sobre os mesmos e esquecer de tributar as grandes fortunas de Portugal”

“Não podemos anunciar cortes sempre sobre os mesmos e esquecer de tributar as grandes fortunas de Portugal”

 

… líder do PS local também ergueu a voz contra uma “política que tira aos que pouco têm para dar ao grande capital”.

À semelhança do que se assiste por todo o país e, numa onda que mais parece de contágio, de Oliveira do Hospital partiram, ontem, vozes de verdadeira oposição às mais recentes medidas de austeridade anunciadas pelo governo e que surgem com o agravamento da taxa social única à cabeça.

Uma situação imposta aos portugueses trabalhadores dependentes de outrém e que é entendida pelo presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital como uma verdadeira “vergonha”. “É preciso ter moral e ter princípios”, avisou ontem José Carlos Alexandrino que, a participar na cerimónia de assinatura de protocolos de cooperação na freguesia de Santa Ovaia se opôs àquela que tem sido a prática do governo de constante penalização do povo.

“Não podemos anunciar cortes sempre sobre os mesmos e esquecer de tributar as grandes fortunas de Portugal”, disse o presidente de Câmara que agora, mais do que nunca, centra todas as atenções no apoio que é necessário prestar aos oliveirenses, numa lógica não de caridade, mas antes de “justiça social”.

Numa altura em que o cinto também aperta para os municípios – “hoje temos menos três milhões de euros”, referiu – Alexandrino criticou os que “não percebem as dificuldades do povo” e tranquilizou os oliveirenses com a certeza de que o município não virará costas aos que mais necessitam. Pelo contrário, disse: “se for preciso não fazer mais nenhuma obra física para apoiar pessoas em dificuldades não farei, porque para mim as pessoas estão à frente”, disse o presidente que até ao fim do mandato contava avançar com a requalificação de uma importante artéria da cidade oliveirense.

“Temos uma política que põe a vida das pessoas de pernas para o ar”

Um sentido de orientação também partilhado pelo vice-presidente da Câmara Municipal e vereador da ação social que, ontem se revelou preocupado com o aproximar de “nuvens cinzentas”. “Hoje, infelizmente vivemos uma política que põe a vida das pessoas de pernas para o ar”, alertou José Francisco Rolo que chegou a recordar o gosto que, em jovem, nutria pelo conhecido Robin dos Bosques que “era justo e tirava aos ricos para dar aos pobres”.

“Hoje temos uma política que tira aos que pouco têm, para dar ao grande capital e aos que já têm muito”, constatou o também líder concelhio do Partido Socialista, alertando para o agravamento das dificuldades que, por esta altura já afetam muitas famílias do concelho.

À “insensibilidade política de uns, deriva e verdete político de outros que têm responsabilidade pela cumplicidade com o governo”, José Francisco Rolo responde com total disponibilidade do poder político local para fazer “justiça social e ajudar as pessoas a ter uma vida melhor”. “Se tiver que ficar uma calçada por fazer, ou um muro por erigir para ajudar as pessoas não hesitaremos”, assegurou.

LEIA TAMBÉM

PSD questiona permanência de Nuno Moita à frente da CM de Condeixa

O PSD de Condeixa-a-Nova considera que Nuno Moita deveria renunciar ao cargo de presidente da …

“Este executivo socialista já iniciou funções cansado e sem ideias…”

O vereador da coligação PSD/CDS-PP Francisco Rodrigues considera que os executivos da Câmara Municipal de …