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O reflexo de um espelho chamado Adolescência…

Mas não haverá alguém que saiba fazê-lo de uma maneira mais correcta? Sim, há! Nós, os adolescentes, ou os jovens que deixaram para trás esta fase há relativamente pouco tempo.

Não somos todos iguais. Mudam as atitudes, opiniões, aparências, gostos, interesses, sentimentos, mas temos todos que admitir: é nesta fase da nossa vida que moldamos o nosso ser. Cada um vê o mundo com os seus próprios olhos, logo todos o vemos de maneira diferente. Julgamos tudo à nossa volta, condenamos quem (pensamos que) age contra os nossos interesses, protestamos, fazemo-nos ouvir mesmo que sem consciência plena do que reivindicamos, somos jovens! Dotados de energia, vontade de saber, conhecer e explorar, ora o bem, ora o mal. Agimos contra nós mesmos ao errar e ao sermos demasiado jovens para ler a vida, temos pais, professores, amigos ou irmãos mais velhos, que nos tentam alertar, mas somos jovens .

Não sabemos ser contrariados, somos influenciáveis ou firmes idealistas; vestimos o que está na moda, o que vemos na televisão, agimos cada vez mais como os actores das novelas, tudo se torna fictício e plástico, desprezamos os melhores bens da vida, desvalorizando a Família, a Natureza, a Escola. A Escola… o nosso maior problema! Ou porque somos rigorosos levando-a demasiado a sério e ficando presos a ela, ou porque a desprezamos e não sabemos aproveitá-la, vendo-a como um “castigo”. Fazemos de tudo para lhe escapar, procuramos refugiar-nos, afastar-nos da filosofia de aula. Ou por existir uma falta de interesse, ou por encontrarmos outras prioridades que, mesmo inúteis no futuro tornam-se indispensáveis e obrigatórias no presente, vemo-nos num tremendo reboliço de novas tecnologias, ainda que úteis e cada vez mais vitais, não podemos deixar que elas se apoderem das nossas vidas. Os pais fazem cada vez menos parte da nossa vida nesta época, saímos à noite numa tentativa de liberdade, mas são eles o nosso sustento. Substituímos os pais pelos amigos, mas não vemos que os pais são também eles nossos amigos. Criamos assim barreiras de comunicação, distâncias de relações e falta de compreensão de ambas as partes.

Agrupamo-nos de acordo com as nossas preferências, e identificação com os outros. É nestes grupos que se começam a experimentar algumas drogas, o tabaco surge à cabeça da variada lista que existe actualmente. Temos fácil acesso a drogas, sejam leves ou pesadas, não temos nunca a consciência de que “os destinos da juventude são conspirações contra a velhice; paga-se caro, ao anoitecer, as loucuras da manhã” (Francis Bacon).

Ser jovem é ser-se sensível, e sensível não significa frágil ou carente, significa levar muito a sério cada sentimento e acção. Nesta altura descobrimos o Amor, a Paixão, o ser que somos e o que temos em nós para dar aos outros. Descobrimos como é querer uma pessoa e lutamos desmedidamente por ela, namoramos cada vez mais sem preconceito. Amar é natural, o afecto entre namorados também, apesar de, ter limites, como tudo. Somos repreendidos pelos mais velhos (sábios), mas não ouvimos o que eles dizem. Falam-nos em Amor com respeito, Amor contido nas palavras, mais que nos actos, mas temos um tendência para expressar Amor em actos e não palavras.

“Jovem – aquele que é jovial, dotado de jovialidade”, mas ser jovem não será muito mais do que esta pobre e simples definição de dicionário? É-o certamente, mas só se soubermos ser realmente jovens, fazer e sentir tudo isto faz parte, pois “O alimento da juventude é a ilusão” (Descartes) assim, todos os jovens, do presente e do passado, têm um memo objectivo: a sua felicidade futura.

Ana Bernardo, Ana Sousa, Andreia Sêco, Fernanda Fernandes, Fátima Duarte, Marco Costa e Paulo Minas Escola Secundária de Oliveira do Hospital, trabalho proposto pela Professora de Português, Isaura Maria Oliveira, 10ºD

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