As obras de melhoria das condições de visitação da Fraga da Pena, localizada na Paisagem Protegida da Serra do Açor, no concelho de Arganil, devem estar concluídas no final do mês. A empreitada inclui a instalação de uma plataforma pedonal em xisto com 60 metros de extensão, permitindo que pessoas com mobilidade condicionada possam aceder à célebre cascata de 20 metros. Trata-se, recorde-se, de um dos locais da Paisagem Protegida da Serra do Açor que apresenta maior preocupação em termos de segurança para as pessoas.
Consciente dos transtornos que os trabalhos causam num dos principais pontos turísticos do concelho, o presidente da Câmara Municipal de Arganil apeloi à compreensão dos visitantes durante as próximas semanas. “Lamentamos o cenário menos apelativo com que se possam deparar, mas estamos a tornar a experiência de visitar a Fraga da Pena mais atraente, acessível e segura”, referiu Luís Paulo Costa.
“O nosso objectivo é garantir que quem visita a Fraga da Pena pode usufruir cómoda e tranquilamente do local e tirar o máximo partido da paisagem idílica que ali encontra”, sublinhou. A aposta passa, por isso, pela melhoria da circulação pedonal, através da estabilização de caminhos e escadarias, mas também através da instalação de estruturas de apoio à visitação, como mesas, bancos e contentores para deposição de resíduos.
Esta intervenção na Fraga da Pena diz respeito à primeira fase da empreitada de Melhoria das Condições de Visitação da Paisagem Protegida da Serra do Açor, que envolve um investimento superior a 158 mil euros, dos quais 150 mil euros são financiados pelo Fundo Ambiental.
A segunda fase da obra, prevista depois do Verão, considera a reabilitação da Casa Grande, que acolhe o Centro Interpretativo da PPSA, na Mata da Margaraça. É a intervenção mais expressiva de todo projecto. Está igualmente prevista a modernização dos equipamentos e a reorganização da exposição e conteúdos, permitindo a introdução de um novo conceito de museografia, mais centrado no digital e na interactividade. Será, ainda, reabilitada a Casa da Eira, de forma a servir de apoio à organização de actividades de campo e visitas guiadas, funcionando como uma extensão do Centro de Interpretação.
Este projecto, desenvolvido em parceira com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), preserva e respeita as características singulares do património natural da paisagem protegida, onde se encontram inseridas a Mata da Margaraça e a Fraga da Pena, duas áreas de especial interesse e dois pontos de referência no concelho.