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Oliveira do Hospital abriu portas à expOH com ‘honras solidárias’

 

… chamou a atenção para a dupla função do evento que, para além de querer promover “o melhor do concelho”, tem uma forte componente solidária.

A terceira edição da expOH está oficialmente aberta. O evento que decorre, no Parque do Mandanelho, na cidade de Oliveira do Hospital, até ao próximo dia 5 de agosto, já abriu as portas aos primeiros visitantes, com honras verdadeiramente solidárias.

O certame que, em 2012, surge associado a uma forte matriz solidária foi oficialmente aberto pela mão de quatro responsáveis por instituições locais de solidariedade social e do Movimento Vida. Uma matriz que ganha expressão maior no âmbito da Exposolidária e que, para além de várias ações de domínio social, vai possibilitar a realização de duas colheitas de sangue e medula óssea, uma das quais com destaque maior por via da transmissão em direto do programa da TVI, “Somos Portugal”, agendado para a tarde de 5 de agosto.

“Não é a feira que eu sonho”

A par de toda a componente social e solidária, a expOH apresenta-se como a montra do que “de melhor” se faz no concelho, mas que ainda não chega a ir de encontro àquilo que são as pretensões do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ao realizar um certame desta natureza.

“Não é a feira que eu sonho”, confessou há instantes José Carlos Alexandrino, notando que tal como está, o certame não tem condições para mostrar a “indústria têxtil que tem grande qualidade a nível mundial”.

“Esta feira ainda tem que dar o salto qualitativo”, observou o autarca, contando que, aquando das reuniões preparatórias do certame, se falou na possibilidade de deslocalização para o recinto da feira bimensal, dada a necessidade de montagem de pavilhões para que as várias empresas têxteis possam mostrar o seu produto. “Em Oliveira do Hospital fazem-se os melhores fatos do mundo”, referiu Alexandrino, certo de que “é preciso “mudar algumas coisas e fazer da expOH um grande evento”. Um evento que, “em tempo de crise”, pode ser de realização “questionável”, mas à qual o autarca garante dar continuidade.

Uma postura que justifica com a preocupação que tem em colocar as pessoas em “primeiro lugar” e que o obrigam a reajustamentos, porque “as condições alteraram-se rapidamente”. “Nos primeiros seis meses, a Câmara teve um corte muito acentuado na receita e os impostos que a Câmara recebe também vêm a cair”, partilhou. Ainda assim, Alexandrino, garante nortear o seu posicionamento político com um compromisso “claro”. “Enquanto houver pessoas com necessidades, o nosso caminho é o de lhes dar respostas adequadas”, assegurou o autarca que não hesita em “sacrificar obras para ajudar as pessoas a passarem por este temporal”. “Este é o caminho”, reforçou o presidente do município, para quem a política tem a função de “servir as pessoas”. Um auxílio em jeito de “solidariedade e não de caridade”, fez questão de clarificar.

“Que o concelho continue nessa linha”

Na abertura do certame que conta com a presença de 130 expositores, o presidente da Assembleia Municipal registou o “esforço” que tem vindo a ser feito pela autarquia oliveirense, que “contra ventos e marés continua a insistir de forma a que a crise seja enfrentada e não caiamos no desânimo”. António Lopes enalteceu igualmente a resistência dos empresários concelhios, conhecidos pela sua capacidade empreendedora.

“Que o concelho continue nessa linha”, referiu o presidente da Assembleia Municipal que, não deixou também de louvar o passo dado a semana passada de ligação entre a ESTGOH e a BLC3. “Há-de ser por aqui o desenvolvimento do nosso concelho e que nós havemos de combater a recessão que está e com perspetivas de agravar”, registou António Lopes, certo de que será por ali o caminho certo para “o futuro das gerações vindouras”.

Presidente da Assembleia Municipal, Lopes enalteceu o trabalho feito pelo executivo municipal e não deixou de responder àquele que tem sido o papel de uma recém surgida oposição que, por esta altura pergunta ao executivo pela realização de obras. “Não devemos andar aqui em divagações, acho que se deve fazer oposição que leve a algum lado”, notou, revelando-se disponível para um périplo pelas obras feitas em cada freguesia.

Presidente do Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras, Fernando Tavares Pereira destacou a importância que a realização da expOH tem para os empresários e para o concelho. “Esta feira é um marco no desenvolvimento e apoio às empresas”, referiu o conhecido empresário, que também não deixou de referir a falta que faz o IC6 ao concelho e de criticar a “mudança das regras a meio do jogo”, numa alusão concreta à subida galopante das taxas de juro.

“Assim é difícil”, notou o empresário, considerando que a situação atual só pode ser contornada com o “empenho de todos” e se o dinheiro do QREN for acessível a todos os municípios. Neste domínio, Tavares Pereira sublinha a luta que tem sido travada pelo município oliveirense para “que se chegue longe”.

No dia em que abre as portas ao concelho e à região, o cartaz cultural abre com Leandro, esperado no palco principal, a partir das 22h30. Mikael Carreira (3 de agosto) e Expensive Soul (dia 4) são outros nomes com presença garantida no certame onde não vai faltar o melhor da gastronomia e artesanato.

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