Correio da Beira Serra

Oliveira do Hospital aposta em “feira de stocks” para potenciar comércio local

 

…. os oliveirenses “comprem produtos de qualidade a preços em conta”.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital está preocupada com a situação de quebra que, de um modo geral, afeta o comércio local.

Ainda à espera do resultado de um estudo realizado junto dos comerciantes da cidade, a maioria com mais de 20 anos de atividade, o executivo de José Carlos Alexandrino decidiu colocar em marcha uma iniciativa, onde pretende centralizar o grosso dos lojistas, com o objetivo de potencializar o escoamento de “stocks” e a desejada realização económica.

Já designada por “Comércio Local Feira de Stocks 2011”, a iniciativa tem realização prevista para 9, 10 e 11 de dezembro, não estando contudo ainda decidido o local da sua realização, que poderá acontecer no pavilhão municipal ou no silo automóvel, em plena zona central da cidade de Oliveira do Hospital.

“O objetivo é ajudar o comércio local e os oliveirenses a comprar produtos de natal em conta”, adiantou ontem o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital em reunião pública do executivo, onde informou que a iniciativa vai ainda contar com a componente de animação.

José Francisco Rolo, também presidente da Agência para o Desenvolvimento Integrado de Tábua e Oliveira do Hospital adiantou, igualmente, que está a ser analisada a possível realização do habitual sorteio de Natal – “cria efeito apelativo junto de compradores e comerciantes”, frisou – e a ser preparada a ação de ajuda ao vitrinismo e arranjo de montras.

O responsável espera, com estas medidas, exercer um contributo para o incremento do comércio local que, com base nos primeiros resultados do estudo, “se tem modernizado e viabilizado a sua continuidade”.

Independente e Alves querem evento “recorde”

A informação de realização de outlet decorreu da intervenção do ex social democrata, agora vereador independente, que deu o exemplo do “outlet de vestuário e calçado exclusivamente para comerciantes locais” como forma de dinamizar o comércio local.

Numa posição que disse ser partilhada pelo único vereador eleito pelo PSD com assento naquele órgão autárquico – Mário Alves sugeriu que o evento também inclua a comercialização e promoção de produtos endógenos – Rocha revelou-se preocupado com “os dados que relatam que o comércio sofreu a maior quebra de vendas na Europa”. “Entendo que devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para inverter esta tendência e evitar que se agudize”, afirmou.

Por outro lado, Paulo Rocha colocou-se do lado da não contratação de empresas para a colocação de iluminação natalícia – “o efeito é mais estético, porque prático é pouco ou nenhum”, considerou – sugerindo antes ao executivo de Alexandrino que volte a apostar num “elemento polarizador” como “pista de gelo ou outro elemento que traga crianças e famílias”.

“O som de rua e iluminação devem ser assegurados com recursos próprios da autarquia”, observou o vereador que também encara a área gastronómica como “um contributo para atrair pessoas”.

Neste domínio, apoiou uma ideia, que terá sido sugerida anteriormente por Mário Alves, no sentido de também o município surpreender com um evento que venha a ser reconhecido como “recorde nacional” ou até do “Guinness”. “Estes eventos têm estado em voga nos últimos tempos e isto atrai a comunicação social e as pessoas e não tem custos elevados”, observou, entendendo que esta vertente “aliada ao outlet conseguiriam uma grande adesão ao centro da cidade”.

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