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CM de Oliveira do Hospital devolve IMI a associações e colectividades concelhias

Oposição considera orçamento da CM de Oliveira do Hospital “eleitoralista” e que ignora “investimentos estruturantes para o concelho”

Os vereadores da coligação PSD-CDS/PP na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital explicam, em comunicado, que votaram contra o orçamento de 43,3 milhões de euros, aprovado na reunião extraordinária de sexta-feira, por considerarem o documento apresentado pelo executivo socialista “completamente insuflado e irrealista”. Os elementos da oposição sublinham que o orçamento é “caracterizado por um enorme empolamento do lado das receitas, para que, por essa via, possam ser inscritas, do lado da despesa, propostas de forma completamente irrealista”. Dizem ainda tratar-se de “um orçamento eleitoralista… que deixa de fora investimentos estruturantes para o concelho”.

“Este sentido de voto teve por base a análise documental de um projecto de orçamento que se apresenta com um valor total de 43.346.945 euros, constituindo um aumento de 9,1 por cento em relação à proposta de orçamento do ano de 2024, com um diferencial superior em 3.597.650 euros. Se já considerámos o orçamento do ano anterior absurdo, estamos, em 2025, perante um documento completamente insuflado e irrealista”, refere a missiva, lembrando que, na revisão ao orçamento e às Grandes Opções do Plano de 2023, o nível de execução não atingiu sequer os 20 milhões de euros. “E ainda aguardamos pela rectificação ao orçamento de 2024”, explicam, classificando o documento como “um orçamento meramente eleitoralista, novamente assente em grandes promessas, em grande parte apontando para a realização nos anos de 2026 e 2027, que, na realidade, não serão executadas”.

Congratulando-se por ver inscritas, em 2025, obras que consideram de grande importância e relevância para a vida dos oliveirenses, como a requalificação do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, os elementos da coligação, porém, referem não entender a razão de aquela obra ainda não se ter iniciado, atendendo a que o edifício já se encontra desocupado. “Trata-se de uma obra inscrita no PRR, pelo que se torna de vital importância o cumprimento dos prazos. Transferidos os serviços para as antigas instalações da Escola Básica n.º 1 de Oliveira do Hospital, e tendo sido já assinado o contrato de adjudicação, questiona-se a razão pela qual os trabalhos ainda não começaram”, escrevem.

“Ainda em matéria de projectos, mas já no objectivo da Educação e Ensino Superior, lamentamos ver dilatado no tempo o apoio à construção das novas instalações da ESTGOH. Reconhecemos que este é um projecto do Instituto Politécnico de Coimbra, mas tememos que fique, mais uma vez, adiado, com prejuízo dos estudantes que procuram um ensino de qualidade em Oliveira do Hospital”, referem, considerando que o apoio de mais de meio milhão de euros (560 mil euros) para a construção da residência para estudantes, apesar de esta ser uma estrutura que classificam como importante para a atractividade de novos alunos, é injusto quando comparado com o auxílio de 300 mil euros destinado a projectos de estruturas residenciais para idosos e pessoas portadoras de deficiência, respectivamente, na Bobadela, Meruge e ARCIAL.

Os vereadores da oposição consideram ainda que o orçamento não contempla os acessos necessários na cidade. “Após a abertura do Campus Educativo de Oliveira do Hospital, para seu funcionamento e segurança deveriam ser asseguradas as vias de acesso ao mesmo, com acessibilidades e circulação rodoviária que permitissem o correcto acesso ao mesmo, quer pelos meios de socorro, quer por fornecedores e, exteriormente, a circulação de pais e encarregados de educação. Onde está inscrito esse investimento?”, questionam, lembrando também que não se encontra orçamentada qualquer intervenção na Avenida Dr. António Afonso Amaral. “É a porta de entrada da cidade e carece de uma intervenção profunda que garanta a circulação viária, a criação de passeios pedestres e ciclovias que liguem a cidade à Catraia de S. Paio. Sendo esta reivindicação transversal a todos os orçamentos, não encontramos também nenhuma menção em sede deste orçamento.”

Os vereadores da oposição consideram ainda o documento “muito deficitário em áreas preocupantes como a defesa do meio ambiente, recursos naturais e investimento na floresta e prevenção de incêndios”. “Por considerarmos ter uma visão e política diferente para o Município e pelas razões atrás elencadas, os vereadores eleitos pela coligação PSD/CDS na Câmara Municipal de Oliveira do Hospital votaram contra as propostas de Grandes Opções do Plano e de Orçamento para 2025”, conclui o documento.

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