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Líder do ciclismo da Beira Alta considera necessário dar nova vida ao desporto de duas rodas em Portugal e acredita que muito daquilo que é feito nas Beiras devia ser seguido como exemplo, como é o caso da equipa profissional Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua…
O presidente da Associação de Ciclismo da Beira Alta (ACBA), Pedro Martins, vai avançar com uma candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), que tem eleições agendadas para Outubro, mas que se decidem antes com a eleição em Junho dos delegados. Pedro Martins explicou ao CBS que sentiu necessidade de avançar com esta candidatura por entender que é necessário dar um novo rumo ao ciclismo nacional e que os restantes nomes que se preparam para avançar não lhe dão essas garantias.
“Penso que é necessário a modalidade renascer a partir de uma folha em branco. Tenho sido muito critico, de forma construtiva, desde 2019 nas Assembleias da FPC sobre a forma como a modalidade é tratada em Portugal e seria hipócrita da minha parte não me candidatar para ajudar a implementar as medidas que considero fundamentais”, explica, frisando que “há necessidade de uma mudança que a grande maioria reconhece e anseia, há já bastante tempo”.
Pedro Martins considera que é necessário, entre outros aspectos, reformular o calendário das provas nacionais, dar mais apoio às associações regionais, reforçar o calendário das provas das camadas de formação e conseguir uma forma de se profissionalizar o BTT. Este dirigente dá como exemplo o trabalho que tem sido desenvolvido na Associação de Ciclismo da Beira Alta que desde que assumiu a presidência tem sido aquela que mais tem crescido e desenvolvido a nível nacional.
“Só não temos mais crianças a praticar pista porque Viseu não tem um velódromo”, conta, salientando que a ACBA tem vários atletas que se têm distinguido na modalidade. Pedro Martins fala que esta estrutura tem um campeão nacional de ciclismo de estrada, atletas que já foram campeões mundiais, europeus e nacionais de BTT, bem como campeãs nacionais de ciclismo de pista. “Além disso temos uma das melhores equipas nacionais de ciclismo profissional, a Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua, que na Volta a Portugal do ano passado foi uma das formações que mais se distinguiu. É um exemplo que devia ser seguido”, frisa.
“O ano de 2024 será um ano histórico, onde o ciclismo como o conhecemos deverá mudar, tanto para melhor como para pior, ficando essa responsabilidade de decisão do lado de todo o universo de filiados na Federação Portuguesa de Ciclismo. Precisamos de começar a escrever a história do ciclismo nacional numa folha limpa. Eu, em conjunto com a minha equipa, estamos cá a isso!”, resume, salientando que deverá apresentar a equipa que o acompanha no final deste mês para aquelas que serão, nos últimos 40 anos, as primeiras eleições com mais de uma lista para a FPC.
Pedro Martins confessa que nunca foi um grande ciclista, mas que quem o conhece sabe que é um apaixonado pela modalidade, que praticou enquanto amador, e que, acima de tudo, é uma pessoa que se preocupa com a posição que este desporto deveria ter na sociedade. Explica também que tem uma paixão enorme pelo ciclismo desde tenra idade porque desde sempre se recorda de ver passar a Volta a Portugal à sua porta na aldeia de Valezim, concelho de Seia, numa das etapas mais importantes da volta a Portugal que é a passagem pela Serra da Estrela. “Portanto desde muito novinho que me apaixonei pelo ciclismo”, explica este especialista, de 41 anos, em Redes de Alta Tensão.
