Home - Opinião - Porquê Armas e mais Armas ?! É o negócio dos «traficantes da morte»!… Autor: Carlos Martelo

Porquê Armas e mais Armas ?! É o negócio dos «traficantes da morte»!… Autor: Carlos Martelo

De repente, ficou visivelmente mais perto o estabelecimento da paz na maldita guerra na Ucrânia. Concretize-se a esperança e toquem os sinos em regozijo !

Pessoalmente, interessa-me muito mais uma Paz rápida e preferencialmente duradoura, claro, do que as condições concretas do acordo nesse sentido que venha a ser estabelecido entre os diretamente envolvidos, a começar pela Ucrânia e pela Rússia.  Mas, note-se, esta guerra «só» dura há três anos porque, e de entre outros no caso menos relevantes, nela também se envolveram a União Europeia e os EUA.

Entretanto, e isto para mim é o mais trágico e mais importante, é que esta guerra, brutalmente letal e que nunca deveria ter começado, já causou destruição gigantesca, sofrimento intolerável e centenas de milhar de mortos e estropiados que sobretudo atingem os inocentes, as populações indefesas para além dos soldados arregimentadios. E pode descambar em «algo» ainda muito pior e para centenas de milhões de outras pessoas, também estas inocentes.

Aposto que os familiares mais próximos dos decisores políticos que para lá empurram os soldados e as armas, esses seus familiares não andam por lá aos tiros, a matar e a morrer, nos combates brutais que se travam.  A haver um só que seja será exceção a confirmar a regra…

Por tudo isso, «só» a Paz faz sentido !

União Europeia e governo português querem mais armas e mais guerra !   Afinal porquê ?

 E quando se abre a hipótese de um acordo de Paz nesta guerra na Ucrânia (com combates também dentro da Rússia), a União Europeia, logo seguida, senão antecedida, pelo governo português e pelo próprio presidente da República, vêm todos acirrar o ambiente de histeria oficial que nos «esquenta o juízo», e assumem investimentos colossais em armamentos de todos os tipos, aliás como nunca antes foram assumidos.

No imediato, divulgaram, são mais 20 mil milhões de euros naquilo que chamam cinicamente de «pacote adicional» de apoio militar à Ucrânia para o qual Portugal, ou seja nós, vai contribuir com mais 300 milhões de euros ?!

E hoje (4 de Março de 2025) acabo de ver e ouvir na televisão uma tal Úrsula «qualquer coisa» que ocupa a cadeira de presidente da Comissão Europeia, a divulgar um plano, brutal, de rearmamento para a União Europeia no valor de mais 800 mil milhões de euros, quase 3 vezes o PIB – Produto Interno Bruto, português (2024), valores para os quais Portugal também deverá contribuir como mais adiante se verá.

A conversa é sempre a mesma, ademais vinda de uma senhora que foi indiciada de graves cumplicidades com a indústria de armamento alemã – a qual se tem desenvolvido perigosamente – quando foi ministra da defesa da Alemanha… Diz ela, e repetem que nem papagaios outros dos decisores políticos, que a Europa se tem que rearmar por motivos de «segurança» perante a alegada ameaça russa (para já russa) e o «abandono» estratégico que o (ex) «aliado» Trump ameaça praticar.

Quero aqui afirmar que a história ensina que a maior ameaça pode surgir exatamente de uma Alemanha com renovadas apetências hegemónicas e de novo rearmada até aos dentes.  Afinal, na Europa, foi a Alemanha quem provocou duas grandes guerras no século passado, com dezenas e dezenas de milhões de mortos e estropiados, e aplicou, aliás tragicamente, a doutrina mais xenófoba e de genocídio (o holocausto) que nos foi dado conhecer.

Mas não só.  Ainda há dias por cá passou, por Portugal, um tal «monsieur» (senhor) Macron, este (ainda) presidente de França, com aquela sua conversa em jeito de ator de cinema mas, lá no fundo, a acentuar a sua vontade em «fortalecer» a guerra e o complexo industrial-militar francês. Porém, convém lembrar que também foi a França na altura tocada pelo «seu» (da França) mui querido imperador Napoleão cujos exércitos foram os últimos a invadir Portugal (por 4 vezes) no início do século XIX e que tanta destruição, sofrimento e morte causaram entre nós ! E, já agora, milhares de soldados portugueses foram levados para França a morrer a defendê-la dos exércitos alemães invasores, na Primeira Grande Guerra. Então, não venha ele para cá a estilar e «mandar» tipo um Napoleão de arremedo…

«Traficantes da morte» esfregam as mãos de contentes… E que mais farão eles para produzir e vender armamentos?…

Claro que os «traficantes da morte» esfregam as mãos de contentes enquanto salivam sangue, antegozando (inclusive nos casinos…) os lucros fabulosos que já contabilizam nas subidas do valor das ações do armamento, em bolsa, de entre outros lucros.

Os seus «executivos» políticos encarregam-se em reproduzir, até à exaustão, aquela sinistra mentira política em torno da «segurança e da defesa» perante alegadas ameaças de invasões, é a meter-nos medo, por parte de outros e, à pala dessa sinistra mentira política, gastar verbas colossais em armamentos e em guerras. Verbas que tanta falta fazem para apoiar a vida, para apoiar a vida, não a morte, dos povos, rumo à Paz e à felicidade que tão arredia anda por causa deles todos e das suas mentiras «assassinas».

 «Só» a Paz faz sentido !   Sim à Paz !   Armamentos não !    Guerra não !

Carlos Martelo

 

 

Autor: Carlos Martelo

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